quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Um stalker e um anjo

Stalker: do inglês, perseguidor. Pessoa que segue os passos de outra.

***

Oi, genteeeemmm!

Meu dia hoje começou bem esquisito, com uma mistura de medo e surpresa. Eu tava no metrô indo encontrar com uma amiga, quando de repente recebo um bilhetinho de uma mulher que estava pra sair. Ela me entregou e apontou pro cara que tinha mandado me dar o papel. Olha o que eu encontrei:


Eu já tinha percebido que ele estava me olhando, mas não achei nunca que fosse chegar a tanto! Quando abri o bilhete, fiquei da cor de um tomate, com certeza. Tava muuuuito envergonhada, fiquei até fingindo que tava mexendo no celular pra não encarar! Chegou minha parada e eu desci, aliviada e tremendo um pouco de nervoso, confesso :D

Minha gente, quando eu menos espero, o cara aparece do meu lado! Aí que eu comecei a ficar bamba mesmo. Ele ficou lá se declarando e tal, disse que na verdade tava indo pra outro lugar, em outra direção, mas não resistiu e me seguiu. A minha vontade de sair correndo tava a mil, né? Ele não estava sendo mal educado, nem forçando a barra, mas eu fiquei bem assustada mesmo!

Claro que não disse pra ele informações importantes sobre mim e nem pra onde eu estava indo. Mas ele disse que só ia parar de seguir se eu desse um meio de contato. Pensei rápido e resolvi que o melhor era dar o Facebook, porque eu poderia simplesmente bloqueá-lo e fim de papo. Mas fiz uma cara de durona e disse a ele que diria meu nome no Face com a condição de que ele não me seguisse de novo, não entrasse sequer no mesmo vagão que eu no metrô. Fui macho mesmo! kkkkkk...

Mamãe e papai podem ficar tranquilos, ele já está bloqueado!

Bem, tudo isso pra ir ao encontro da minha queria amiga Bianca, que conheci aqui na igreja de Hillsong. Bia tem sido uma verdadeira amiga/irmã/mãe, cuidando não só da minha integração com o pessoal de Hillsong mas também me dando dicas importantes sobre a cidade e sempre me cercando de cuidados. Ela é o meu anjo aqui!

Como hoje é o último dia de Janeiro, a maioria das lojas encerram as promoções. Então eu e a Bia andamos horrooooores procurando descontos. Se eu estivesse sozinha, teria entrado e duas lojinhas e tchau. Porque é sério... eu não suporto compras! Mas a Bia é justamente o oposto, então ela conseguiu me animar bastante! Entramos em várias lojas e eu nem vi o tempo passar :)

Olhem aí minhas comprinhas! Com destaque para a bota de cano alto, que foi uma bagatela: 12 libras! Não dá nem 40 reais! O vestidinho também foi uma ótima compra: 10 libras. E a sapatilha??? 8, minha genteeee! Sério, em termos de roupas/calçados, os preços de Londres são quase imbatíveis!


Então é isso. O dia começou tenso, com um stalker na minha cola, mas foi com um anjo que eu passei uma das tardes mais legais desde que eu cheguei aqui :)

Deixo vocês com mais uma cantoria minha com Davi, e dessa vez com participação da Camila, uma amiga dele. A música é The Only Exception, de Paramore.


Um beijo pra vocês, gente, e obrigada por continuarem visitando meu bloguinho querido!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Pra lá e pra cá

Oi, genteeemmm! Como vocês estão?

Poxa, acho que esse negócio de postar dia sim, dia não vai ser melhor mesmo! Ontem pude responder todos os comentários e perguntas com tranquilidades, assim hoje tenho mais tempo pra escrever com calma :)

Queria pedir uma coisa e, por favor, não me entendam mal! Tem bastante gente que vem aqui no blog e me adiciona no Facebook depois. Querendo saber da minha viiiiida, né, danadiiinhos? kkkkk... brincadeira, né isso não! Só vou pedir que, quem for adicionar, mande uma mensagem dizendo que veio por causa do blog e tal, senão eu fico meio perdida, sem saber de onde as pessoas estão surgindo (porque na maioria das vezes não temos nem amigos em comum, nada...). Mas fora isso, problema nenhum ;)

Antes de irmos ao tema de hoje, preciso confessar que eu to numa onda terrível de preguiça da semana passada pra cá. Sério, meu quarto tá a representação do caos. Ontem minha cadeira estava "insentável", porque toda vez que eu vou sair eu fico testando mil roupas, com medo de errar. Podem acreditar que hoje a situação está bem pior! Mamãe que não saiba! hihihihihi...


Bem, hoje vou falar um pouquinho de como funciona o transporte público daqui. Vou misturar algumas fotos atuais e de Agosto/2012, quando vim pra cá pela primeira vez, e falar dos três principais meios de transporte da cidade: metrô, ônibus e trem. Preparados?

***

Metrô: Enquanto pouquíssimas cidades no Brasil têm metrô (e Natal definitivamente não é uma delas), em Londres esse sistema já completou 150 anos! São 11 linhas conectando a capital inglesa, e é simplesmente impossível se perder aqui. Apesar das estações serem muitas (270, precisamente), todas elas e os próprios metrôs são são impecavelmente sinalizados com mapas, placas, letreiros luminosos e um sistema de som também que avisa onde você está, em que direção está indo e qual a próxima parada. Vale lembrar também que, uma vez que você está dentro de uma estação, pode fazer conexões pra onde quiser e pegando quantos metrôs quiser dentro das 9 zonas que a cidade tem.

Curiosidade: Não se espante se você estiver no metrô aqui e, do nada, ouvir uma voz dizendo que a linha que você pegou mudou de destino ou não vai até o destino final. Isso acontece de vez em quando por causa das manutenções nos túneis e trilhos. E as pessoas não saem esbravejando por aí quando isso acontece. Com a típica calma inglesa, descem na estação mais conveniente e fazem as conexões até chegarem ao destino que queriam.

Plaquinha da estação que tem o nome da rua do Sherlock Holmes!
A grande maioria das estações têm escadas rolantes.
Se você for ficar parado na escada, tem que usar o lado direito,
já que o esquerdo é pra dar passagem pra que tá com pressa e quer andar.
Não é raro encontrar gente tocando e cantando nas estações.
Adoro! Deixa o dia lindo!
Sinceramente, isso é um absurdo!
Fui tentar "tirar uma foto do interior do metrô",
mas esse broto escandalosamente lindo se meteu na frente.

Ônibus: Busão por aqui é uma tranquilidade. Limpo, confortável, a maioria com dois andares. Andei pesquisando em alguns sites e vi que existem cerca de 800 rotas e 18.000 paradas de ônibus pela cidade. Não sei quanto disso é verdade... os números são bem impressionantes, né? As paradas geralmente são equipadas com mapas de rotas e tabelas sobre os horários, além de letreiros luminosos que informam quanto tempo falta pro busu chegar - e eles muito raramente estão atrasados. Todos têm espaço reservado para idosos, deficientes físicos, pessoas com criança no colo, cadeirantes e carrinhos de bebê.

Curiosidade: Aqui, os motoristas não deixam o ônibus virar lata de sardinha. Se lotou, lotou. Eles fecham a porta na cara de quem ainda estiver na parada, sem dar explicações, e seguem viagem. Há algumas semanas estava indo pra faculdade com mais umas 5 pessoas. Como o ônibus que chegou pra gente já estava lotado, depois que os três primeiros subiram (inclusive eu), o motorista simplesmente fechou a porta e deixou os outros amiguinhos com cara de paisagem. Esquisito, né?

Olha o famoso busão aí...
Interior de um ônibus (sem ser dois andares) num dia lindo de sol!
Brasileiro não pode deixar de avacalhar no busão, né?

Trem: São 6 linhas e 83 estações de trem aqui em Londres. Sem dúvida, os trens não são tão requisitados quanto os metrôs e ônibus - até porque, a maioria das estações de trem é também estação de metrô. A maior importância delas é manter a conexão com linhas nacionais e internacionais. E o legal é que, transitando só dentro da cidade, você também pode trocar de trens sem sair da estação ou pagar de novo - assim como no metrô.

Curiosidade: Ainda não sei. Preciso andar mais de trem! Hihihihihi :D

Estação de Liverpool Street - uma das maiores e mais famosas aqui.
Podre de cansada com a Natália, num trem.
Pra usar esses meios, você pode comprar tickets por trajeto ou ainda com uma certa duração (um dia, uma semana, um mês), escolhendo também as zonas pelas quais vai transitar. A zona 1 é a mais central, e a 9 é a mais distante. Quanto menos zonas, menor o preço. E pode parecer meio redundante, mas vale lembrar que não se pode comprar ticket pras zonas 2 e 5, por exemplo, já que você vai ter que passar pelas 3 e 4 pra chegar até a 5, mesmo que não desça nelas. O sistemas de zonas não vale pros ônibus, tá? É tudo liberado!

Pra quem mora aqui, a melhor forma de pagar pelas passagens é tendo um Oyster Card, que é um cartão que você recarrega quando quiser e em qualquer estação. Além de comprar pacotes de tickets (diários, semanais, mensais...), dá pra usar como se fosse um pré-pago - você carrega e só paga quando usar, por um preço menor do que comprando na hora. Estudantes (como eeeeeuuu!) têm um desconto de 30% na compra de passagens com o Oyster.

Guarde essa foto pro dia das bruxas, se precisar levar um susto.
As estações e os ônibus são equipados com leitores de cartão e até os tickets vêm com tarjas magnéticas. É necessário inserir o cartão/ticket nos leitores na hora de entrar e de sair da estação, porque isso é que vai registrar que seu trajeto está regular e que você de fato está pagando tanto quanto deveria. Fiscais podem entrar nos ônibus a qualquer momento e pedir que você mostre o Oyster (e ele, com um leitor portátil, vai checar se tá tudo ok) ou o seu ticket em papel. Quem se faz de doido paga uma multinha de £1000 (uns R$3.500), é processado e pode ter que encarar o xilindró. Melhor não arriscar, né?

Bom, eu falei desses três porque são os que eu conheço e tenho usado, mas a cidade ainda conta com taxis (lindos e famosos), barcos, trams, DLRs... Olha aí o símbolo de cada um deles:


Podem deixar que, quando eu experimentar algum meio novo, eu venho aqui contar como foi.

Olha, se você leu este post até o fim, uma salva de palmas! Prometo pagar um cafezinho quando vier me visitar, como recompensa. Até eu fiquei cansada! kkkkk...

É isso, gente! Um beijo e até a próxima!!!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Um lugar chamado...

... Notting Hill! Se você completou a frase com esse nome, certa a respostaaa! Fala sério, toda criatura que já tenha assistido Sessão da Tarde tem uma grande probabilidade de ter visto esse filme. Vou colocar o cartaz aqui pra refrescar a memória:


Pra falar verdade, eu não sabia que Notting Hill de fato existia. Só descobri isso em agosto, quando vim aqui em Londres pras Olimpíadas. Não cheguei a ir lá naquela ocasião, fiquei apenas tietando a plaquinha do metrô - que por sinal me fez lembrar muito minha irmã. Lembro que, na sua época de admiração por comédias românticas, esse era um dos seus filmes preferidos.


O pessoal que também veio pelo Ciência sem Fronteiras foi lá há umas duas semanas, e todos voltaram falando maravilhas. Fiquei super animada pra ir, claro! Tentei semana passada, mas acabou não dando certo. E que bom que não deu! Porque, enquanto sábado passado foi um dia branquinho, cheio de neve, ontem foi completamente diferente! Um sol lindo demais! Tive a ousadia de sair sem luva, de meia calça e short, de tão animada que fiquei com o tempo!


Notting Hill é tipo um distrito dentro de Londres ainda. Gente, e que lugar fofo! Ruas arborizadas, casinhas coloridas... Sério, já tenho meu projeto de vida: casar com um inglês lindo e maravilhoso e morar em Notting Hill. kkkkkkk... Se a primeira parte do plano se concretizar eu já to muito satisfeita! Mas olhem só como é lindo mesmo:



O lugar é basicamente uma grande feira de tudo. Roupas, acessórios, frutas, queijos, comida internacional, muitos artistas de rua, bijuterias, antiguidades, souvenirs... uma loucura! Lembrei de mamãe, que dá pulos só de ouvir a palavra "Feirinha". Notting Hill vai ser parada obrigatória quando ela vier me visitar! Pra todo lado que eu olhava, queria tirar uma foto. Amei!









E em Notting Hill tem celebridade também, viu? Eu encontrei o Charlie Chaplin, um dos meus "ídolos" do cinema. Ele é super gente fina, e bem humilde. Me deixou até tirar foto com ele!


Ai, gente, uma das primeiras lojinhas que a gente visitou foi uma de produtos escoceses. Eu já entrei esperando ver alguém vestindo uma "saia" (aquilo se chama kilt, na verdade). Mas quando vi um brooooto trabalhando na loja, achei que o fato dele estar usando o kilt seria uma ótima desculpa pra tirar  uma foto com ele. E lá fui eu!


No final das contas, comprei dois vestidos, dois sapatos e muuuuuuitas frutas e queijos - tudo baratíssimo. Não sei nem como vou comer tudo antes de estragar. Ah, lá em NH também vimos um cinema maravilhoso, que me deixou cheia de vontade de voltar. Ele tem cortinas que se abrem quando o filme está para começar. Em vez de cadeiras, são poltronas super confortáveis. Para os casais, há poltronas duplas com repouso para os pés e na primeira fileira, em vez de assentos, eles têm (pasmem!) camas! Camas, minha genteee! O cinema Electric é uma chiqueza só, mas eu ainda volto lá!




Gente, é só! Tenham um domingo bem maravilhoso.
Nos vemos depois por aqui!
Beijos ;)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Gula internacional

Esqueçam a rainha Elizabeth. Eu só conheço uma mulher que pode ser chamada rainha de verdade. O nome dela é Midiã. É, talvez você nunca tenha ouvido esse nome, mas uma pessoa da mais fina realiza tinha mesmo que receber um nome autêntico e original. Eu, entretando, tenho o orgulho e privilégio de chamá-la de mãe.

Hoje mamãe faz aniversário, e este é o quarto ano que eu não estou lá pra acordá-la com muitos beijos e carinhos. Sempre viajando... E a cada ano, em vez de cobrar minha presença, ela reforça o quanto está feliz pelas coisas que eu tenho vivido e conquistado. Na verdade, eu é que tenho que me alegrar por esse presentão que Deus me deu: a mãe mais sábia, dedicada, bonita, inteligente, compreensiva, incentivadora e carinhosa do mundo.

Minha rainha, Feliz Aniversário!


E agora vamos à historinha... :) Primeiro de tudo, que saudade de postar! Eu sei, só passou um dia, mas é que blogar já é uma parte de mim. Mas pelo ritmo das coisas, tô vendo que vou ter que me acostumar mesmo a só postar dia sim, dia não. Além das milhões de coisas pra estudar, quero ter tempo pra responder as perguntas que tanta gente tem me enviando, e também os comentários daqui. Pra não fazer nada pela metade, acho que vai ser melhor assim mesmo ;)

Ontem minha noite foi divertidíssima! Eu e minhas colegas de apartamento resolvemos fazer um jantar só entre a gente. Cada uma ficou de trazer/fazer alguma coisa. Como elas são muçulmanas, fiquei preocupada em saber se tinha alguma coisa que elas não podiam comer. Elas disseram que a carne tem que ser cortada de um jeito especial, que não dava pra me ensinar naquela hora, e que seria melhor que a gente fizesse pratos vegetarianos mesmo.

Morri, né? Sou uma carnívora mesmo (...minha amiga Patrícia vai querer me matar), não tinha ideia do que fazer. Já tinha gente que ia levar massa, pão de alho e salada. Pensei em suflê de legumes, mas achei que seria muito sem graça. Queria fazer uma coisa mais brasileira! Daí lembrei do meu pai lindão e de uma das suas especialidades: bolinho de arroz. Eu sei, super simples, mas me animei com a ideia.

Além disso, eu tinha umas maçãs que estavam precisando ser usadas. Aproveitei o pique e fiz uma torta de maçã. Foi muito engraçado, porque a torta geralmente fica meio molhadinha por dentro. Depois que eu tirei do forno, ela simplesmente começou a derreter de novo! Tive que assar duas vezes :P Mas sem traumas, no final ficou uma delícia \o/


Nos sentamos pra jantar, e eu perguntei se podia tirar uma foto. Elas logo se animaram, mas correram pra pegar seus hajabs (hajab é aquele véu que elas usam!). Quando olhei pras meninas, pensei no quanto eu estava parecendo diferente delas. Não resisti e perguntei:
- Meninas, vocês se importam se eu usar um hajab também?

Nossa, foi muito fofo. Elas ficaram animadíssimas! E aí vai nossa foto:



No final das contas, fiquei feliz porque o hajab não é parte da minha cultura ou religião. Porque misericórdia, gente! Elas ficam lindas, mas minha cabeça parece um ovo com esse véu! kkkkkkk...

A janta estava deliciosa! Me fala, quantos de vocês já tiveram a oportunidade de comer massa italiana feita por uma paquistanesa e salada com molho árabe feito por uma menina de Bangladesh? Tava tudo muito bom mesmo, viramos umas bolinhas de tanto que comemos!


Não tirei foto da sobremesa, mas, além da torta de maçã, comemos também torta gelada de chocolate com sorvete e um bolinho com casca crocante de chocolate. Só gordice, né? Bom demais!

A comida foi boa, mas melhor ainda foi rir até depois de 1 da manhã com essas meninas que, por um ano, serão minhas irmãs. Adoro estar entre pessoas de culturas diferentes, ouvir com atenção e respeito sobre seus costumes, e compartilhar também das minhas coisas. Além do mais, elas são divertidíssimas. Rimos horrores conversando de tudo, de infecção intestinal até os atores gatos de Hollywood - mas sem tentar tietar muito pra não cometer haraam (pecado, em árabe). Vai dizer que você não lembra dessa palavra de Caminho das Índias? Novela também é cultura... kkkkkkk

Pois é, depois do jantar fiquei editando um vídeo que eu e meus irmãos fizemos pra mamãe (se quiser ver, pode clicar aqui!) e fui dormir às 4 da manhã! Acordei às 6h pra começar meu fim de semana de uma forma maravilhosa: me encontrando com uns amigos da Hillsong pra orarmos por esta cidade linda que agora é a minha casa. Foi muito maravilhoso mesmo!

Gente, tenham um fim de semana muito lindo, ta?
Um beijão

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Musicalidade

Oi, verdes e amarelooos!

Como vocês estão? Acabei de completar 3 semanas aqui no UK, mas me sinto como se Londres fosse a minha casa desde sempre. \o/ Tem umas horas, porém, que não dá pra esconder minha brasilidade. Hoje, por exemplo, eu não tenho aula. Isso significa andar o dia todo de regata no flat. Minhas colegas de apartamento ficam meio chocadas, eu acho. Não só por estar frio, mas também porque, como elas são muçulmanas, estão sempre bastante cobertas :) Mas eu não resistooooo!!!


Além de poder usar pouca roupa, tem uma outra coisa que também ta fazendo muita falta...: música. Tá, eu não sou cantora, mas gosto muito de cantar. Na minha casa, eu acho que chego a ser irritante, cantando toda hora. Mas aqui, minha casa praticamente se resume a um quarto. Se eu cantar alto, o prédio todo ouve. Não acho que seria uma boa ideia ficar conhecida como a doida da cantoria, né? :P

Eu tenho um parceiro musical de longa data, que é o Davi. E justamente pensando nesse ano inteiro fora, a gente separou uma tarde pra gravar algumas músicas. Só deu tempo de fazer quatro, mas é melhor do que nada, né? Então, juntando a saudade da música com a necessidade de aprender a mexer em um novo editor de vídeo (o Final Cut Pro, que é o que o pessoal mais usa aqui), editei nosso cover da música Champagne Supernova, da banda inglesa Oasis. A música foi um pedido especial do meu primo Rodrigo. E quando o pedido vem da família, não dá pra dizer não!

Por favor, não esperam muito de mim, tá? Mas o link ta aí pra quem quiser se arriscar! kkkkk... Ah, e eu sugiro que você assistam com fone de ouvido, porque aí dá pra escutar bem o baixo lindo que Davi inseriu depois que a gente gravou a trilha principal ;)


E mantendo a linha da saudade, ontem falei um pouquinho com meu irmão no WhatsApp. Ele me mandou uma foto pra ilustrar como ele e Calixto (meu filho lindo, labrador) estão com saudade de mim. Vê se não dá vontade de entrar pela tela e dar uns apertões nos dois:


Morri de amores *---* [e Filipe vai me matar por eu ter postado essa foto! kkkkk...]

É isso, gentem! Um beijo pra vocês e até logo!!!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Do you speak English?

Oi, todos! Como estão?

Espero que a semana de vocês tenha começado bem linda. Por aqui, ainda muita neve. Mas hoje ficou tudo mais especial porque, apesar das ruas estarem branquinhas, o céu tava um azul lindo. Minha universidade - que já é um espetáculo - ficou encantadora.


Bem, mas o post hoje é pra responder uma pergunta que bastante gente tem feito:
- Você está tendo dificuldades com a língua?

Vamos lá. Quem me conhece ou já leu um pouquinho sobre mim aqui, sabe que eu me formei no CCAA depois de estudar lá por 7 anos, e fui professora por mais 5. Calma, não sou velha! Comecei a dar aula aos 17. Por essa experiência e por já ter viajado pro exterior algumas vezes antes do Ciência sem Fronteiras (inclusive pra Londres), acaba ficando mais fácil pra mim. 

Nas minhas viagens, eu sempre fazia trabalho voluntário em missões com pessoas dos mais diversos países. Acabei me acostumando a vários sotaques diferentes. Por isso, mesmo aqui sendo inlgês briânico, entender as pessoas falando não é dificuldade nenhuma. É verdade que o ritmo e o sotaque são bem diferentes do que eu conhecia enquanto aluna e depois como professora. Mas as experiências anteriores acabaram me salvando bastante!

Tem uma coisa na qual eu realmente preciso melhorar: adquirir mais vocabulário específico da minha área. Como estou em um contexto de universidade, os temas são bem diferentes das conversas cotidianas. No início, eu me retraí um pouco, tentando ouvir muito e falar quase nada. Mas agora já estou me soltando. Hoje tagarelei a aula toda (respondendo às perguntas, tá? Nada de conversa paralela) e fui bem elogiada pelo professor. Aêeeeee!!!

Fico feliz em saber que tem gente realmente preocupada com a língua e não só com falar - mas com falar BEM. Lembrem-se que, quando estiverem aqui enquanto alunos, vocês vão precisar participar nas aulas, escrever artigos, apresentar seminários. Então cabe a pergunta: meu nível de conhecimento da língua é suficiente pra eu corresponder às exigências da vida acadêmica?

Separei algumas dicas que podem dar uma mãozinha...:

Não se faça de doido
Se não entendeu, pergunta! Não é vergonha nenhuma dizer que não conhece uma ou outra palavra. Ao contrário! Assim as pessoas se sentem mais abertas pra te ajudar na língua.

Procure os nativos
Estar com um grupo de brasileiros o tempo todo é muito cômodo. Saia sozinho, sente um pouco mais longe dos conterrâneos. Assim você vai se ver "obrigado" a exercitar ao máximo a língua, e vai ter a chance de ouvir (e absorver) o inglês bem falado dos nativos, sem sotaque e com vocabulário bem mais variado.

Leia sem parar
Sim! Leia o tempo todo, a todo tempo. Não precisa ser um livro (apesar de essa ser a melhor opção!). O exercício vale também pra folders, propagandas, capas de revista, manchetes de jornal. É incrível como nosso vocabulário e competência gramatical se expandem quando começamos a ler em inglês!

Tenha o pai dos burros sempre por perto
Tô falando do dicionário, né, genteee? Pra quem tem smartphone/tablet, vale muito a pena baixar um dicionário de inglês. Isso já me salvou várias vezes na aula! Outro dia, pra responder uma pergunta, precisei da palavra "metonímia". Em um segundo consultei no celular e deu tudo certo! Se você não tem smartphone ou tablet, sem traumas. Compra um dicionário de bolso que ajuda demais!

Anote em inglês
Durante a aula, é tentador dar uma de espertinho e fazer as anotações em português! Nada disso! Quando se traduz, muita coisa se perde. Anote em inlgês de maneira que você compreenda, mas sendo fiel ao vocabulário usado pelo texto ou pelo professor.

Esqueça as legendas
Se você quer mesmo morar em um país que fala inglês, já ta mais que na hora de deixar pra lá esse negócio de filme legendado. Dublado nem se fala, né? Mesmo que você tenha que voltar a cena mil vezes, ainda assim vale a pena assistir sem legendas.

Concentre-se na sua área
Faça um esforço ainda maior pra adquirir vocabulário específico. Leitura é o meio principal pra isso. Não se esqueça de anotar termos técnicos e usá-los assim que tiver oportunidade.

Solte o verbo
Estar enferrujado no inglês não é motivo pra deixar de falar. Ao contrário, sem prática é que o negócio fica feio mesmo! Lembre-se que, quando se trata de língua, a gente aprende muito mais quando fala do que quando ouve.


É claro que muitas dessas coisas são pra serem aplicadas quando você já estiver no exterior. Mas dá pra começar a praticar algumas delas, como ver filmes sem legendas e ler bastante em inglês - principalmente textos relacionados à sua área do conhecimento.

Bom, espero que o post tenha ajudado!

Um beijão pra vocês e até mais!!!

domingo, 20 de janeiro de 2013

Fim de semana dos sonhos

Preciso confessar uma coisa pra vocês: apesar de adorar esportes, eu tenho um dom especial pra cair e me machucar, coisa de doido. Minha mãe pode confirmar isso facilmente... Eu lembro que, em época de jogos internos no ensino médio, tinha vezes que eu saía dos jogos direto pro hospital. Sempre tinha um raio-X pra bater, uma faixinha pra colocar no braço, um tensor pro joelho. Enfim. Mas daí ontem eu tava aqui no quarto, de boa na lagoa, quando duas amigas me convidaram pra ir patinar no gelo.

Eu sabia que estava sob sério risco de ter que ir pra uma emergência médica logo em seguida, mas me fala, dá pra recusar um convite desses? Ainda mais porque eu nunca tinha ido! Foi tentação demais!


 Chegamos ao local, e tínhamos cerca de 1h15 pra patinar antes que a pista fechasse. Fomos entrando no rinque - eu, a Vanessa e a Manuela -, e me senti até feliz de ver um kit de primeiros socorros bem do lado da pista. Claro, a probabilidade de eu precisar era gigantesca! Já entrei quase caindo, mas fui aos poucos pegando o espírito da coisa...

Patinar era uma das minhas atividades favoritas quando era criança. Inclusive (não sei se ele vai me dar esse crédito, mas...) fui eu que ensinei meu irmão mais novo a patinar. A gente ficava horas no quintal de casa, dando voltas. Ficava tentando lembrar disso enquanto estava ali, sobre o gelo, e pensei que minha reputação de patinadora iria por água abaixo se eu caísse. E adivinhem só: tanto pensamento positivo deu certo! Não caí nenhuma vezinha sequer! Sério, isso é um feito. Primeiro porque é difícil mesmo, e segundo porque sou eu, gente. EU, a pessoa que sempre cai e se machuca! Kkkkkk...

Que sensação gostosa é deslizar sobre o gelo, gente! É claro que eu não patinei lindamente, mas pelo menos tava lá, conseguindo rodar pela pista sem me segurar muito e até com uma boa velocidade! E mais do que "conseguir", o legal foi que, depois de um tempo, eu me senti até confortável patinando! Amei, amei, amei demais! Quero voltar muitas vezes até o dia 24/02, que é quando a pista fecha. E aqui fica registrada a minha admiração eterna pelos patinadores de gelo. Porque se já é difícil andar pra frente, normal, imagina rodopiar, salta, andar de costas? Arrasam muito!



Ah, gente, eu até gravei um vídeo... mas a internet ta super lenta hoje. Vai só um print por enquanto:


Na saída a gente ainda parou pra tomar um milk shake! Quem liga pro frio, afinal?


E parece que Deus tava mesmo disposto a me dar um fim de semana lindo e inesquecível. Hoje de manhã eu fui pra igreja de Hillsong. Eles não têm um prédio próprio, se reúnem no Dominion Theatre, que é um teatro lindo, enorme, bem tradicional daqui. Tava nevando muito e fazendo um mega frio quando eu saí de casa. Como eu não tenho guarda-chuva (pode brigar comigo, eu aceito!), enrolei o meu maior cachecol na cabeça, pra ver se não chegava lá tão ensopada. Se você me visse na rua, certamente acharia que eu tava indo pra uma mesquita, não pra um igreja! :D


Olha, pra quem acha que se relacionar com Deus e ser salvo por Jesus significa ser quadrado e esquentar banco de igreja, Hillsong é um tapa na cara, um balde de água fria. Eu fico muito feliz porque há muito tempo entendi que ser salvo não tem nada a ver com religiosidade - e sim com relacionamento. E acho que Hillsong é o retrato disso.

Além de uma palavra maravilhosa, as músicas são indescritivelmente lindas, e tocadas e cantadas com qualidade impecável. Fiquei babando na beleza de tudo aquilo e na beleza de Deus também, que está me permitindo viver coisas que nunca imaginei. Aprendi as músicas rapidinho e chorei que nem uma boba várias vezes. A empolgação foi tanta que eu assisti dois cultos! E ficaria lá o dia todo, se pudesse!!!



[Ok, não pode tirar foto lá dentro, mas eu só descobri isso na saída! Hihihihihi]

E como se não bastasse os cultos perfeitos, fui muitíssimo bem recebida. Um cara indiano se aproximou de mim, me levou pra sentar lá na frente e me apresentou a várias pessoas! Foi muito legal! Saímos todos juntos pra almoçar depois, conheci muita gente fofa e que pretendo encontrar muitas outras vezes.

Depois de um fim de semana como este, não tem como não esperar uma semana maravilhosa, né? E eu desejo que a de vocês seja assim também, cheia de boas surpresas.

Um beijão e até a próxima ;)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Um dia branco

Oi, todos! Como estão?

Desde que cheguei, eu adotei uma rotina praticamente sagrada: abrir as cortinas assim que acordar. As residências aqui têm uns janelões de vidro que denunciam rapidinho o clima e a paisagem, e eu sempre acho lindo acordar e olhar pro céu, saber o que ele reservou pra hoje. E que surpresa feliz eu tive ao deixar a luz entrar no quarto. Um cenário de filme:


Aqui o tempo muda incrivelmente rápido. Lembram de como esse mesmo lugar estava ontem?


Mal dá pra acreditar, né? Eu lembro que até saí de casa de Havaianas, em homenagem ao sol...


Uma confusão que muita gente faz é associar neve ao frio. Não é bem assim... Nevar não significa estar mais frio. E o clima hoje até que tava agradável. Por volta de -2 graus, uma besteirinha ^^ Assisti um filme e liguei pra Vanessa, minha amiga e vizinha de hall. A programação? Sair na neve pra tirar fotos! É claro que a gente não ia perder essa oportunidade, né?



A euforia de ver neve escondeu a vergonha num instante! É incrível como esse cenário branquinho é capaz de transformar todo mundo em criança. Vai dizer que você nunca teve vontade de fazer guerra de bolinha de neve?




Agora, no inicinho da noite, fui me aventurar um pouco na cozinha. Minha gente... que fiasco! Fui fazer torrada... queimei! Fui assar pão... queimei! Um verdadeiro desastre!



Não satisfeita, fui fazer café. Eu só compro Nescafé, e ainda assim não sei fazer. Sempre fica muito forte ou muito aguado, por isso coloco leite pra dar uma melhorada na situação. Como hoje não tinha leite, me passou pela cabeça colocar chocolate em pó. E assim eu fiz! E pra completar o dia de desastres, me ocorreu uma ideia (não sei de onde) que eu inventei de pôr em prática: mergulhar um sachê de chá de menta na bebida. Minha gente, ficou um H-O-R-R-O-R! Kkkkkkkkkkkk trágico, trágico, trágico...


E por hoje é só, gente :) Deixo com vocês o vídeo da música que não saiu da minha cabeça hoje: Dia Branco, do maravilhoso Geraldo Azevedo. Um beijo, se cuidem!