terça-feira, 24 de setembro de 2013

60 por cento

Oi, genteeeeee!

Demorou... [MUITO!] mas finalmente saiu o vídeo do mês 8 na Londres do meu coração! Espero que vocês gostem ;)



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Sobre auxílios IV: para deslocamento

PARA TUDO!!!

Antes de começar este post oficialmente... quero compartilhar um susto e uma grande alegria que tive esta manhã, ao entrar no blog e ver que ele passou das 100.000 visualizações! GENTEEEEE!!! Só ontem foram quase 1.100! Fiquei um tempão olhando a barrinha da estatística sem acreditar. Minha nossa. Sei que tem gente com blogs bem mais legais e acessados do que o Na Terra de Beth, mas fico realmente feliz com esse desempenho - e pensar que minha pretensão inicial era só manter os amigos e a família informados! Obrigada mesmo, gente. Cem mil trezentas e setenta vezes obrigada :D


Agora sim :) Hora do quarto e último post da série sobre os auxílios concedidos pelo Ciência sem Fronteiras para os bolsistas do programa. Começamos com o seguro-saúde, depois o de instalação, material didático, e finalmente o de deslocamento agora. 
 
***

Nome:
Auxílio Deslocamento

Valor e concessão:
O valor do auxílio deslocamento varia de acordo com o continente para onde você conseguiu a bolsa. Esse auxílio é repassado duas vezes: a primeira é antes da viagem. O valor é depositado na conta que você fornecer ao CNPq/CAPES quando você ainda estiver no Brasil. Para a volta, a segunda parcela vem junto com as últimas mensalidades da bolsa. E atenção aqui! Para alguns editais, é preciso fazer o requerimento desse segundo repasse pelo menos 30 dias antes da sua data de retorno. Em outros casos, o valor vem automaticamente junto com suas últimas mensalidades. Se informe no seu edital quanto a isso. Abaixo está a tabela de valores, de acordo com o site do Ciência sem Fronteiras, consultado em 6 de setembro de 2013 - lembrando não é metade na ida e metade na volta. É a totalidade desse valor repassada duas vezes. (clique na imagem para aumentar):


Finalidade:
O auxílio deslocamento deve ser usado para a compra de passagens por qualquer meio de transporte para te levar até a cidade onde você irá morar e estudar. Ele não se resume a comprar passagens de avião. Até porque, dependendo da localidade, você vai precisar pegar trens, ônibus ou outros meios para chegar na sua nova casa.

Prestação de contas:
A escolha da companhia aérea e da rota é totalmente ao ser critério, mas você vai precisar comprovar a compra de uma passagem que te leve diretamente ao país de destino, isto é, sem conexões longas que o CNPq ou a CAPES possam consideram como viagem de turismo - nesse caso, você precisaria ressarcir o valor ao órgão de fomento! Explicando melhor: você pode fazer (e provavelmente fará) escalas e/ou conexões nacionais e internacionais para chegar até seu destino, mas as paradas não podem ser prolongadas de propósito. Acho que vai dar pra entender melhor quando você ler a minha experiência, aí embaixo :) Essa prestação de contas é feita via email, enviando para o CNPq ou a CAPES o canhoto do seu cartão de embarque usado (aquela parte menor que fica com você). Para isso, você deve escanear (ou fotografar, contanto que esteja bem legível) o cartão e enviar pela plataforma que o programa fornecer. Por favor, cuidem desse cartão de embarque como se fosse o próprio filho de vocês. Ele geralmente é pequeno e fácil de perder, mas caso isso aconteça você vai literalmente ter que dançar o samba do crioulo doido pra conseguir uma comprovação de embarque junto à companhia aérea. Ou isso, ou restituir ao programa o valor da passagem. Ninguém quer arriscar, né? E sobre a volta, a informação que eu tenho é que não precisa enviar comprovante nenhum. Realmente não confirmei isso ainda, mas devo fazer isso em breve e repasso o que eu souber pra vocês.

Minha experiência:
É só falar que eu vou pisar na Europa que eu já abro um sorrisão no rosto. Tendo família morando na Suíça, antes de me informar sobre a necessidade de prestar contas sobre a compra da passagem aérea, minha ideia era ir passar uns diazinhos por lá. Quando soube que teria que enviar o cartão de embarque, mudei de plano: como uma das minhas opções de voo faria escala em Lisboa, pensei em passar um ou dois dias com amigos que tenho em Portugal.

Na época que fui comprar minhas passagens, vários alunos estavam com planos parecidos. Alguns pra ver amigos e família, alguns pra passear mesmo. Mas bolsistas que já estavam no programa disseram pra gente que não era possível fazer conexões ou paradas prolongadas e propositais (de mais de um dia) em algum outro país. Mandamos email para o atendimento do CNPq e eu inclusive liguei, e eles confirmaram a informação: as passagens têm que ser o mais diretas possíveis.

Muita gente estava confusa em relação a escalas e conexões - algumas pessoas não sabiam a diferença entre elas ou como isso poderia interferir na comprovação para o programa. Então vamos lá: escala é uma parada em um aeroporto onde passageiros podem desembarcar e outros novos embarcarem. É comum, por exemplo, quando viajo de Natal para o Rio de Janeiro, precisar parar em Recife ou Salvador. Nesse caso, eu não desço do avião - já que nenhuma dessas cidades é meu destino final. Uma conexão demanda que você faça uma troca de avião, logo, é preciso passar por dentro do aeroporto. Da primeira vez que viajei para a Suíça, por exemplo, precisei parar em Lisboa. Desci do avião, entrei no aeroporto e fui para outro portão de embarque para o segundo trecho. Mesmo com essa parada, eu só paguei por uma passagem e recolhi minha bagagem apenas ao chegar no destino final (apesar de que, dependendo do trecho e da companhia aérea, você possa precisar pegar suas malas durante a conexão e despachar no guichê do aeroporto onde você está fazendo a conexão).

Desculpe se essa informação é redundante ou desnecessária para a maioria de vocês, mas é que realmente isso gera bastante dúvida. Ainda sobre esse mesmo tema, lembre-se que o ideal é comprar o trecho total por uma só companhia ou agência. Além de ser bem mais barato, as opções de horário geralmente são melhores.

A passagem mais barata que encontrei foi saindo de Recife e fazendo conexão em Frankfurt (Alemanha) para depois chegar até Londres. Minha conexão durou poucas horas, por isso eu nem saí do aeroporto. E atenção aqui: lembre-se que sair de um aeroporto em outro país significa passar por todo o processo com a polícia de imigração. Isso quer dizer filas geralmente gigantescas para apresentar seu passaporte. Quando as conexões são curtas, não é aconselhado sair do aeroporto. Você pode acabar perdendo seu voo para o destino final. Abaixo estão os cartões de embarque que eu enviei pro CNPq comprovando que vim direto para Londres - sem parada de "turismo".


Comprei pela companhia aérea Condor. Nunca tinha viajado por ela antes, e contei minha experiência toda neste post. Se não me engano, a passagem custou algo em torno de R$2.700. Comprei apenas o trecho de ida porque as passagens aéreas de volta geralmente expiram se você não usar dentro inferior a 365 dias da ida (essa informação sobre o número de dias não está exata, mas é com certeza algo em torno disso!). Como minha ideia era (e é!!!) ficar no Reino Unido e na Europa o máximo que eu puder, pra mim não valia a pena comprar os dois trechos de uma vez. Muita gente, entretanto, tem feito isso e simplesmente embolsado a segunda parcela que o CNPq fornece. Não há nenhuma informação oficial que diga que não é permitido fazer isso, mas certamente não vai ser o meu caso :D

***

Bom, gente, acaba aqui a série sobre os auxílios então! Espero que tenha ajudado a responder algumas perguntas de vocês. Como um "disclaimer", quero lembrar que os posts são baseados na minha experiência pessoal e nas regras do programa da época em que eu consegui a bolsa, além de consultas a documentos oficiais. O ideal mesmo é sempre se certificar de tudo, consultando sempre o edital e as cartilhas do CNPq e da CAPES, além do site do Ciência sem Fronteiras.

E, qualquer coisa, no que eu puder ajudar, é só mandar as dúvidas pelo http://ask.fm/naterradebeth!

Abração e até mais!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sobre auxílios III: para material didático

Oi, gente!

Continuando a série sobre os auxílios :) Os retornos estão sendo bem positivos, com muitas visualizações e likes no Facebook! Ebaaaa! Por favor, não se esqueçam de avaliar o post no final (na seção Dê sua nota!), assim eu posso medir se eles estão num bom nível ou há algo que dê pra melhorar. Desde já, muito obrigada! Bem, depois de escrever sobre o seguro-saúde e o auxílio-instalação, vamos ao de material didático.

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Nome:
Auxílio Material Didático

Valor e concessão:
O auxílio para a compra de material didático também é repassado uma vez só, antes da viagem. Ao contrário do de transporte e seguro saúde, este você só pode usar quando já estiver no país onde vai estudar. Abaixo está a tabela de valores, de acordo com o site do Ciência sem Fronteiras, consultado em 5 de setembro de 2013 (clique na imagem para aumentar):


Finalidade:
O auxílio material didático é pra ser usado na compra de materiais escolares e/ou equipamentos que sejam necessários para você como estudante. Lembre-se que essa necessidade varia de curso para curso. Obviamente, as ferramentas que um aluno de Arquitetura precisa não são as mesmas que eu, estudante de Cinema, vou utilizar. É obrigatória a compra de um computador e/ou um tablet.

Prestação de contas:
O CNPq e a CAPES exigem comprovantes do uso do auxílio para a compra de um computador, um tablet ou os dois. A quantia que sobrar depois dessa aquisição é sua e você não precisa comprovar como gastou o dinheiro. Para cumprir com a exigência dos órgãos de fomento, é necessário que você compre o computador e/ou tablet quando sua bolsa já houver sido implementada e você já estiver no país onde vai estudar. As notas fiscais ou outros comprovantes de compra precisam ser do país onde você é bolsista e datarem depois da sua chegada - sem esses dois requisitos eles são inválidos e você pode precisar restituir o valor ao programa. Notas ou comprovantes são enviados pela internet e têm um prazo para chegarem ao CNPq/CAPES. Esses prazos são estipulados por eles mesmos e variam de acordo com o edital, mas geralmente é algo em torno de um mês a partir do momento da chegada no novo país.

Minha experiência:
Quando cheguei em Londres, meu computador tinha acabado de completar seis meses de uso. Não vi necessidade nenhuma de comprar um outro - até porque havia investido em um ótimo computador pra dar conta do trabalho que preciso fazer na minha área. Acabei comprando um tablet só pela obrigação imposta pelo programa. Escolhi um Galaxy Note 10.1 porque já conhecia a Samsung bem e gosto muito da marca. Não sou muito entendida de tablets, mas esse é fácil de mexer e tem várias funções legais. Paguei algo em torno de £350. Apesar de saber que existem alguns mais baratos, preferi desembolsar mais e pagar por algo que na época era de última geração e de uma marca na qual eu confio.

Eu nunca tinha tido um tablet, e realmente foi bem útil. Meu curso demanda muita leitura, e era super fácil levar o tablet pra lá e pra cá e ler sempre que tinha um tempinho extra. Fora isso, usava bastante durante as aulas também e uma vez até acabei "salvando" um professor que não estava encontrando um texto no seu arquivo. Ofereci a ele meu tablet e ele ficou sendo meu amiguinho para sempre depois dessa! Hehehe...

Mas muita atenção aos espertinhos. Essa observação pode até parecer sem sentido, mas é que muita gente (mesmo!) já me perguntou se Kindles (e outros leitores) se encaixavam na categoria. E a resposta é não! Não mesmo. O Kindle é bem mais barato que um tablet, seria muito conveniente se desse mesmo para substituir, mas o Ciência sem Fronteiras não aceita que você não adquira pelo menos um computador ou um tablet. Isso significa que você pode sim comprar um Kindle - claro - mas isso não vai anular a obrigação de comprovar a compra de um computador ou tablet.

Bom, além do Galaxy Note 10.1, eu comprei também uma câmera fotográfica DSLR da Canon. É claro que eu queria a câmera para fins pessoais, mas como estudante de Comunicação Social e Cinema, perdi a conta de quantas vezes tive que pedir câmera emprestada para fazer algum trabalho. Então, apesar de não precisar prestar contas do que fiz com o que sobrou da compra do tablet, eu de fato adquiri a câmera pensando nela como um material didático e ferramenta de trabalho para mim. E foi um dos melhores investimentos que já fiz! No Brasil teria sido incomparavelmente mais caro, sem dúvidas. Na ocasião custou algo em torno de £450 (quase chorei ao ver o preço agora, que tá beeem menor!).

Fiz minhas compras de eletrônicos pela Amazon do Reino Unido, e não precisei pagar taxa de entrega nenhuma. Tudo chegou num prazo curtinho e sem defeitos. Para os demais materiais escolares (canetas, pastas, cadernos) eu fui nas lojas mesmo. Esse tipo de coisa eu prefiro ver do que comprar online mesmo :D

Ah, para o pessoal que é entusiasta de produtos da Apple, estudantes têm desconto comprando nas lojas oficiais da marca! Então é uma boa chance de comprar um MacBook ou um iPad. Muita gente fez assim, mas não foi o meu caso. Mesmo com o desconto, os produtos de lá continuam sendo mais caros. De qualquer forma, acho um ótimo investimento!

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Amanhã tem o último post da série, com o Auxílio Deslocamento! Se você tiver mais perguntas sobre o auxílio para material didático ou outros, passa lá no ask.fm/naterradebeth.

Té mais!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sobre auxílios II: o de instalação

Olá!

Post número dois da série sobre os auxílios! Segunda-feira falei sobre o seguro-saúde, e hoje está na pauta o auxílio-instalação. Espero que ajude a responder algumas perguntas!

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Nome:
Auxílio-instalação

Valor e concessão:
Os valores concedidos variam de acordo com o país de destino, e são fixados pelo próprio programa. Lembrando que este também é um valor repassado em única parcela - quando você ainda está no Brasil! Abaixo está a tabela de valores, de acordo com o site do Ciência sem Fronteiras, consultado em 4 de setembro de 2013 (clique na imagem para aumentar):


Finalidade:
O auxílio-instalação é muitas vezes mal interpretado - coitado! Ele não tem nada a ver com pagar pela sua moradia, como muitos bolsistas pensam. O objetivo desse auxílio, na verdade, é te ajudar a cobrir as despesas iniciais relacionadas a se instalar na sua nova casa. Isso pode incluir comprar coisas de cama, mesa e banho, pagar por itens únicos como carteiras de estudante, investir em roupas apropriadas para a estação, fazer a primeira compra de supermercado (que é sempre maior que as outras) ou o que mais você julgar necessário.

Prestação de contas:
Não é preciso retornar ao CNPq ou CAPES o que sobrar desse auxílio. Você também não precisa enviar nenhum comprovante de como utilizou esse valor.

Minha experiência:
Vim para a Inglaterra em Janeiro, pleno inverno. Sabendo que os preços aqui eram melhores, trouxe apenas roupas para os primeiros dias e usei uma parte do valor do auxílio-instalação para comprar todo o resto aqui. Não me arrependi dessa escolha! Além de ter carregado menos coisas na vinda, eu encontrei roupas muito mais baratas e de melhor qualidade do que acharia no Brasil. Lá eu moro no nordeste, e nosso "frio" é verão pros padrões europeus. Então achar roupas próprias daria muito trabalho e eu provavelmente teria que vender um rim e uma córnea pra conseguir pagar por tudo o que eu precisaria.

Pro pessoal que vem no verão, em Setembro, a situação é outra. Dá pra trazer mais itens do seu guarda-roupa brasileiro e usar por aqui durante esse primeiro mês. Ainda assim, em Outubro as temperaturas já começam a esfriar. Eu fiz minhas compras de roupa no segundo dia que estava aqui - não deu nem tempo de ser tentada a gastar com bobagens! Mas aconselho que quem vem em Setembro se prepare para dar uma segurada nas despesas e guardar uma parte do auxílio-instalação pra quando o inverno chegar.

É claro que isso é bem pessoal e varia também de acordo com seu lugar de origem. Certamente o pessoal do sul/sudeste pode considerar trazer algumas peças mais quentinhas já de casa, pra evitar gastos a mais. De qualquer forma, quem não quer roupas novinhas made in Europe, né? :) Vale a pena guardar!

Outra coisa que fiz foi pedir a minha carteira NUS Extra, que é uma carteirinha de estudante que dá desconto em alguns estabelecimentos. Eu uso mais para ir ao cinema ou pra descolar umas coisinhas grátis no Mc Donald's (siiim! Comprando um menu, você ganha uma batatinha a mais, um Mc Flurry ou um hamburguer/cheeseburguer. Minha alma gorducha viiibra!!!). Também já consegui descontos na Eurolines com ela.

Pra quem vai morar fora de Londres mas pretende vir pra cá com frequência, ou quem quer viajar bastante pelo Reino Unido, vale a pena fazer usar a carteira pra fazer um Railcard 16-25, que custa £30, e ter desconto na compra de passagens de trem. Eu não fiz, e até agora não tenho sentido falta. Mas, novamente, isso é algo bem pessoal e depende de onde você está morando e pra onde quer ir no tempo em que estiver no UK.

Mais uma coisa que comprei com o auxílio-instalação: antes mesmo de vir para cá, encomendei pelo Click2Campus um kit de cozinha com um conjunto de louça, talheres, algumas panelas e outros utensílios. Além desses pacotes para cozinha, o Click2Campus tem kits de várias outras categorias, como coisas de cama, computação, e até material escolar. As taxas de entrega variam de acordo com a localidade dentro do Reino Unido.

E isso compensa? Bem, em termos de preço, eu acho que não. É possível achar coisas mais baratas e melhores do que as que vêm no kit. O que pesou pra mim foi a comodidade de eles entregarem direto da universidade, e de chegar lá tendo uma coisa a menos com que me preocupar. Porque, como eu já falei algumas vezes aqui, eu não suporto compras! Então pra mim valeu!

Ironicamente, se eu não suporto loja, eu amo supermercado. E pra mim não foi problema nenhum fazer a primeira compra indo lá e passando um bom tempo explorando os corredores e prateleiras do Sainsbury's, que era o mercado mais próximo de onde eu morava. Mas a verdade é que eu não fui muito esperta em relação a isso. Explico porquê: a primeira compra é sempre maior, já que você compra coisas que duram por alguns meses, como óleo, sal, produtos de limpeza... Lembro que dessa primeira vez eu paguei algo em torno de £90 por tudo o que comprei! Das vezes seguintes, raramente chegou a £60.

Acontece que, na minha empolgação, eu acabei sofrendo pra carregar as sacolas na volta pra casa. Umas duas ou três pessoas me ofereceram ajuda na rua, e o motorista do ônibus ficou com tanta pena que me deixou na porta de casa! Então o que eu faria diferente? Iria ao mercado, daria uma olhada nos produtos (porque pra mim faz diferença ver e tocar antes de comprar), e depois faria meu shopping online! A maioria dos supermercados tem entrega de graça quando o valor da compra é alto. O Tesco é o mais famoso para compras pela internet, então vale a pena entrar no site e dar uma olhada nos preços. Você pode até simular um carrinho de compras pra ver quanto daria mais ou menos :)

Outra coisa que paguei com o auxílio-instalação foi o Oyster Card de estudante - o cartão de transporte que uso em Londres. Custou £10 libras, e a economia é gigantesca comparada ao valor normal da passagem. Aliás, mesmo que você vá morar no interior, se planeja vir a Londres com frequência eu com certeza aconselho fazer um Oyster - nesse caso, o cartão normal mesmo.

Com certeza deve ter havido algumas coisinhas a mais para as quais eu precisei usar o auxílio-instalação. Mas lembro que deu pra guardar uma quantia legal e usar pra viajar depois. É claro que isso depende do que você compra - aqui tem preço pra todos os gostos! Como eu sou do bonde da economia, sempre sobra um cadinho ;)

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Bom, espero que o post tenha ajudado a tirar algumas dúvidas! Se você tiver mais perguntas sobre auxílio-instalação, passa lá no ask.fm/naterradebeth.

Até a próxima!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sobre auxílios I: o seguro-saúde

Oi, gente!

Bom, com tanta gente fazendo as malas pra começar o Ciência sem Fronteiras agora em setembro, muitas dúvidas têm surgido em relação aos auxílios que o programa oferece. São quatro, ao todo: instalação, material didático, seguro-saúde e deslocamento/transporte. Em primeiro lugar, vale salientar que essas auxílios são concedidos uma vez, no momento da aprovação da bolsa. Para alguns, o programa exige prestação de contas, pra outros não.

Durante essa semana, vou falar um pouco de cada um deles, e espero poder responder as dúvidas em relação ao uso desses valores! Então vamos lá, começando pelo auxílio pro seguro-saúde, porque saúde é o que interessa :D


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Nome:
Auxílio para Seguro-saúde

Valor e concessão:
Os valores concedidos variam de acordo com o país de destino, e são fixados pelo próprio programa. Abaixo está a tabela de valores, de acordo com o site do Ciência sem Fronteiras, consultado em 2 de setembro de 2013 (clique na imagem para aumentar):


Finalidade:
O objetivo desse auxílio é que o bolsista contrate um seguro que lhe dê assistência médica por todo o período em que ele estará no exterior. Não é como um plano de saúde, e como é destinado a estrangeiros no exterior, a maioria das seguradoras oferece também alguns itens de cobertura para a viagem em si (incidentes como extravio de bagagem, perda de documentos e cancelamento de voos). Independente da eficiência do sistema público de saúde do país para onde você vai, contratar um seguro saúde é obrigatório para bolsistas do Ciência sem Fronteiras. O único requerimento quando ao seguro é que ele te cubra por todo o período que você vai estar fora do Brasil.

Prestação de contas:
O valor concedido pelo programa é mais que suficiente pra contratar um bom seguro. Não é preciso devolver ao órgão de fomento (CNPq ou CAPES) o que sobrar da contratação, mas é preciso enviar depois de um prazo estabelecido pelo próprio programa o comprovante da compra (que é emitido mesmo que você faça tudo pela internet). Então é só não esquecer de guardar esse comprovante!

Minha experiência:
Nunca precisei usar o seguro que contratei no exterior, então não tomem isso com uma propaganda - não tenho como saber se ele realmente é bom. Tomei minha decisão depois de ler o depoimento de um bolsista que tem um amigo que precisou acionar o seguro e ele funcionou bem! Além disso, conheço pessoas que usam essa mesma empresa como seguradora de seus carros e casas, e quando precisaram eles também atenderam bem. Então... contratei o Mundo 365 Ouro da Porto Seguro. Paguei R$1671,22 pela cobertura por 365 dias. No site da Porto Seguro você consegue fazer uma cotação preenchendo os dados da sua viagem na aba 'Simule e Solicite', do lado direito da tela. Lembrando que isto não é uma propaganda - eu nunca precisei usar o seguro, por isso não sei se ele realmente funciona!


Existem sim vários seguros mais baratos do que esse que eu contratei, mas realmente não quis arriscar. Mesmo sabendo que o Reino Unido tem um sistema público de saúde excelente, eu preferi contratar um mais completo tendo em mente que eu posso precisar de alguma coisa enquanto estou viajando. Nesse caso, quem garante que qualquer emergência poderia esperar até eu voltar pra casa? O Mundo 365 Ouro cobre acidentes e incidentes em qualquer país do mundo. Então se daqui pro final da viagem eu decidir dar um pulinho no Camboja, ainda estou assegurada :)

Com a cotação da época, que não estava lá muito favorável, lembro que 'sobrou' mais ou menos R$1500 depois da contratação do seguro. E o que eu fiz com esse dinheiro? Paguei o meu visto! O valor do visto Tier 4 (que é o de estudantes) para o Reino Unido, é algo em torno de mil reais mesmo. Então aproveitei a "economia" com o seguro para pagar o UKBA e algumas despesas que tive para ir ao Rio de Janeiro, onde tirei meu visto.

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Bom, espero que o post tenha ajudado a tirar algumas dúvidas! Se você tiver mais perguntas sobre Auxílio para seguro-saúde, passa lá no ask.fm/naterradebeth!

Um abração e até mais!