quarta-feira, 14 de maio de 2014

Explicando o IELTS [vídeos]

Oi, todos!

Entre os temas mais recorrentes das perguntas no ask.fm, está o temido IELTS - o teste de proficiência em inglês...


Pra tentar acabar de vez com os pontos de interrogação, resolvi fazer um vídeo pra contar sobre o processo. Simples e fácil, né? NÃO, porque eu falo demais. Gente... o vídeo final ficou com uns 40 minutos! Daí, com pena de todas os que genuinamente se interessam pelo assunto, eu resolvi pelo menos dividir meu monólogo em duas partes.

Na parte 1 eu dou uma visão geral sobre a prova, contando pra quê ela serve, como funciona a escala de pontuação e como foi a minha preparação para o exame como um todo. Pra assistir, é só clicar na imagem abaixo.


No final do primeiro vídeo, tem um link pra parte 2, que é onde eu falo sobre as quatro modalidades da prova: listening, speaking, reading e writing. Se você quiser pular direto pra ela, é só clicar na imagem abaixo.


Bom, gente, espero que o vídeo ajude a responder as possíveis perguntas sobre o IELTS - que é de fato uma etapa estressante do processo. Se ainda ficarem dúvidas, é só mandar lá pelo ask.fm!

Beijo pra vocês \o/

terça-feira, 6 de maio de 2014

Escolhendo a universidade

Oi, todo mundo!

Em primeiro lugar, vocês notaram a barra de endereço do navegador? Vocês notaram que é naterradebeth.COM? Sim, estamos mais finos do que nunca. Somos um site! Aêeeee! Estou adorando essa ryqueza.

Mas vamos ao tema. É uma das coisas mais difíceis de todo o processo. É a parte em que as decisões parecem impossíveis de serem tomadas, porque são tantos fatores a considerar que os cabelos caem e a gente sai pesquisando na internet tudo quanto é guia universitário. Que faculdades colocar na sua lista de opções? E como organizar as prioridades? Já recebi essa pergunta algumas vezes no ask.fm...


Não tenho mesmo uma fórmula pra isso, mas tenho a minha experiência - que foi mega feliz. Não me arrependo nem um pouco da universidade que escolhi. E aí vão as coisas que eu levei em consideração:

***

Definir o curso

Como eu já disse um catupilhão de vezes, eu estudo Rádio e TV na UFRN. Mas meu sonho era estudar Cinema. Eu sabia que seria mais fácil entrar em cursos como Media Studies, Media Production e coisas mais relacionadas a Comunicação Social. Porém, se essa era a oportunidade da minha vida para estudar Cinema, eu não ia deixar de me inscrever por medo.
Uma coisa que notei no Reino Unido é que as Universidades muitas vezes oferecem cursos de graduação bem mais específicos dentro de uma área. Para o curso de Arquitetura, por exemplo, algumas das opções possíveis são Architectural Technology, Interior Architecture, Landscape Architecture, Urban Planning. Lembro de uma vez ter visto um curso chamado algo do tipo Psicologia Aplicada a Video Games. Oi? Segmentação nível hard, né?

Então por mais sacal que isso possa parecer, você vai precisar olhar currículos, ementas, etc e tal pra descobrir se qual curso te oferece o que você quer. Considere também a relação teoria x prática. Dificilmente você vai conseguir uma universidade perfeita, mas com certeza alguma, mesmo com as limitações, vai conquistar seu coração.


Comparar Curso x Localidade

Imagine que você quer estudar Moda. E que você quer ir pra Itália. Você também gosta de vinho, paisagens maravilhosas e coisas rústicas. Mas me fala uma coisa: pra estudar Moda, é melhor ir para os campos verdejantes da Toscana ou para Milão?

Esse tipo de relação pode não fazer sentido pra todo mundo, mas se você valoriza a prática, não deixe de considerar isso. Como estudante de Cinema, eu não iria pra nenhuma outra cidade a não ser Londres. E quando estava lá vi que tinha razão na minha escolha. Tive acesso a facilidades e eventos que em outros lugares eu não teria.

Nesse meio, tem uma pergunta importante a se fazer, e que deve ser respondida com honestidade pra você mesmo: o que você quer mais que tudo? Estudar determinado tema ou morar em determinado lugar? Não é errado querer aproveitar o intercâmbio para dar ênfase a uma vivência que você espera ter no nível pessoal, por exemplo. Contanto que você esteja fazendo sua parte nos estudos, isso realmente não é um problema. Se você ama os campos verdejantes da Toscana mais do que tudo - mais do que estudar Moda - dá um chute no bumbum de Milão e vai com tudo viver uma Passione bancada pela Dilma por lá. Mas não conta pra minha mãe que eu falei "bumbum".


Curso x Universidade

Você escolheu o curso, sabe em que cidade quer ficar. E quando tem mais de uma opção de universidade? É aí que entram os guias e as visitas incontáveis aos sites das instituições. Páginas como o Complete University Guide classificam as universidades em rankings, os quais levam em conta também a percepção dos alunos que estudam ou se formaram lá.
Considere também as ementas dos cursos descritas nas páginas das universidade, e procure saber das instalações: como é a biblioteca? E a acomodação? O campus é legal? Bem localizado? Te oferece o que você precisa?

***


Sempre tem mais coisa, gente, mas acho que levar isso em conta é um bom começo. Eu lembro que, quando encontrei universidades que tinham o curso que eu queria, fiz uma tabela lindíssima no word, mais ou menos assim:


Aliás, essa aí foi a minha ordem de escolha mesmo ;)

Gente, espero ter ajudado. É uma decisão chatinha, mas importantíssima. O seu nível de satisfação com a universidade e o curso vai interferir muitíssimo no aproveitamento do seu intercâmbio. Então dedique tempo mesmo procurando as melhores alternativas e vai com tudo!

Falar disso deu uma saudade monstruosa da minha Roey linda...


Primeiro dia visitando a universidade

É isso, gente. Um beijo pra vocês e até a próxima \o/

sábado, 29 de março de 2014

Dividindo Apartamento: dramas e alegrias

Oi, gente!

Há algum tempinho eu vinha pensando em falar sobre acomodação, mas hoje li uma coisa que me fez coçar na cadeira pra fazer esse post. Ontem eu já estava em umas reflexões profundamente filosóficas sobre como a ignorância é um veneno pra sociedade. Aqui no Nordeste a gente usa muito essa palavra quando quer falar sobre 'brutalidade':
- Fulano fechou a porta do carro com tudo! Ô sujeito ignorante!

Esse tipo de ignorância é chato mesmo, mas tem pior. E não tem nada mais perigoso do que a ignorância que deságua em preconceito: eu acho que é assim, ou eu não gosto à primeira vista ou do que me disseram, então não tenho obrigação de tratar (essa pessoa ou esse tema) com respeito. Não. Está indiscutivelmente errado. Muitos desses pensamentos ignorantes se manifestam quando a gente tem ou está prestes a entrar em contato com outras culturas. E se você está se preparando para viajar ou fazer um intercâmbio como o Ciência sem Fronteiras, sugiro que pare com isso agora! 

Ta, mas por que essa longa introdução? Porque foi a primeira coisa que eu pensei quando li uma ~dica~ por aí. Parafraseando o que a pessoa disse, é algo mais ou menos assim:

Aconselho que você queira ficar em um flat com brasileiros. Se não, você pode acabar morando com asiáticos sujos, europeus que roubam comida e fazem barulho à noite, pessoas do oriente médio que fazem besteiras pelas quais você pode ter que pagar.

Então. Eu não posso mudar o que essa pessoa pensa, mas eu posso tentar ajudar você a fazer diferente e pensar diferente. Olha aí algumas considerações pra quando você for escolher, se é que puder escolher, seu tipo de acomodação e colegas de apartamento no Ciência sem Fronteiras.


A questão da diversidade
Independente da modalidade de intercâmbio da qual você vai participar, se ela for em um país ou região diferentes dos seus, ela também se tornará um intercâmbio cultural. E você não é nem dooooido de deixar a parte do 'cultural' de fora. Dividir apartamento com pessoas de outras nacionalidades pode ser divertido ou não, mas vai com certeza te ensinar muitas coisas, nem que seja ~apenas~ sobre tolerância e respeito. Pessoas naturalmente pensam e agem diferentemente. Se você coloca isso em escala global, o ganho pode ser imenso! Estigmatizar culturas e achar que pessoas deste ou daquele país se comportam desta ou daquela forma pode ser bem perigoso. Eu já caí nessa e quebrei a cara.

Ao longo da minha vida, já morei ou dividi quarto com 4 paquistanesas, uma menina de Bangladesh, quatro americanas, uma norueguesa, uma espanhola, duas suecas, duas argentinas, dois australianos, uma romena, uma moça da Zâmbia. Sobrevivi, estou feliz e fiz amigos incríveis. ENTÃO VOCÊ NÃO VENHA FALAR MAL DE NACIONALIDADES INTEIRAS CONSIDERANDO APENAS AS PESSOAS COM AS QUAIS VOCÊ TEVE CONTATO PORQUE ISSO É FEIO E ME DEIXA IRADA.


O lugar do bom senso
Pessoas podem ser maravilhosas. Mas elas também podem ser sujas, mal-caráter, mentirosas, desrespeitosas, falsas, egoístas. Qualquer pessoa, de qualquer lugar, pode ser assim. Seria muito bom se todos percebessem que, quando o assunto é viver em comunidade ou compartilhar uma casa, algumas coisas são inegociáveis para o bem-estar comum. Vou dar o exemplo da higiene. Em um dos lugares onde tive que dividir quarto por um tempo, uma menina tinha alguns ~probleminhas~ com isso. Ela usava toalhas de banho de outras pessoas, deixava suas calcinhas (i-m-u-n-d-a-s) espalhadas pelo quarto, devolvia roupas emprestadas completamente sujas, usava a mesma meia por uma semana inteira (só isso explica o cheiro que aquelas botas exalavam...) e o pior, a imagem que nunca sairá da minha cabeça: cortava as unhas dos pés e deixava seus restos cima da cama (pra quêeeee? Existe alguma Fada da Unha, como tem a Fada do Dente?). Não importa de onde ela era. Importa que isso não se faz. Se você quer ter práticas assim sozinho, fique à vontade; mas quando se concorda em morar com outras pessoas, a gente precisa fazer esforços que podem significar abrir mão de alguns hábitos.

Em um dos apartamentos onde morei, ninguém tinha problemas com deixar a louça secando em cima da pia. Ou, se tinha, alguém resolveu abstrair, porque nunca discutimos esse assunto. É uma coisa que eu mesma faço. Lavo a louça que você quiser, mas não supoooorto secar, principalmente por causa dos pelinhos do pano de prato. Três outras meninas faziam assim também - guardavam sua louça depois que elas secavam naturalmente. Mas havia duas que sempre preferiam guardar as suas em vez de deixá-las no seu espaço na pia. A prática delas não incomodava a nossa, nem a nossa interferia na delas. Além do politicamente correto ou incorreto, o que vale é não deixar que o seu hábito afete o bem estar do outro. Não importa o quanto seus colegas de apartamento sejam diferentes. Sempre é possível encontrar um meio termo.


Flat bom é você quem faz
Não estou romantizando nada. É verdade. A maneira como você encara as coisas faz toda a diferença, e sua atitude pode interferir muito na qualidade do ambiente onde você está. Se você mora com 5 pessoas que agem de determinada maneira e você discorda completamente, você pode chegar três tipos de conclusão: a) você não consegue mesmo tolerar. É melhor mudar de apartamento porque você não se encaixa com aquele grupo; b) você não gosta da prática das outras pessoas, mas resolve que não faz mal você abrir mão do que você considera ideal em benefício da boa convivência entre todos; c) você não concorda com o que os outros fazem. Eles não prestam, você sim. Você fala mal deles pelas costas e até dá uma 'sabotadinha' aqui ou ali.

Amigos, não escolham a letra c. Por. Favor. Isso é veneno - pra você e pros outros. Não sacrifice a felicidade do seu intercâmbio com esse tipo de picuinha.

Se você escolherem a a, fazer o quê? Acontece mesmo. Em algumas situações eu faria isso. Exemplo: eu não fumo e não consigo tolerar fumaça de cigarro porque, além de não gostar do cheiro, ela me causa alergia e dor de cabeça. Se eu for minoria em um apartamento onde pessoas fumam, não tem escolha pra mim. 

E a b é a experiência que eu tive muitas vezes. Tive algumas colegas de apartamento muito barulhentas. Não por mal, mas porque elas falavam extremamente alto, e elas mesmas disseram que é algo comum na cultura de seus países (tá vendo a diferença? Não inferi nada sobre ninguém...). Elas conversavam com o volume nas alturas, e no início eu ficava meio irritada porque dava pra ouvir até do meu quarto! Conforme o tempo foi passando, descobri que elas eram tão fofas e especiais em outros aspectos que não valeria a pena começar uma briga ou me mudar por isso. Foi uma ótima decisão, porque tive momentos maravilhosos vivendo ali!


Por que não morar com brasileiros
(no caso de um intercâmbio no exterior, como o CsF)
Eu morei com muitos. Aliás, por alguns meses durante o intercâmbio, eu morei só com brasileiros. Nos dávamos muito bem e cozinhávamos coisas juntos - sempre tinha alguma delícia rolando por aí, e uma das meninas fez um 'cantinho do doce' que era uma maravilha! Apesar de todos os momentos lindos e felizes e maravilhosos, quando tive a oportunidade, optei por morar com pessoas de outros países. Por um motivo só: brasileiro fala português.

Não adianta você falar que mesmo morando com brasileiros vocês vão tentar falar a língua do país e tal. É uma ilusão. O tempo que morei com outras pessoas da Terra da Dilma foi, naturalmente, o período em que menos falei inglês. E você não quer perder nenhuma oportunidade de se desenvolver na língua do país onde está, né? Tem coisas, gente, que a gente praticamente só fala em casa. Como você vai aprender a dizer Ei, me empresta sua espátula e seu escorredor de macarrão? ou Este ralo está um horror, vou desentupir hoje e você faz isso da próxima vez em outra língua se não morar com alguém de fora, hein?


E como falar de tudo isso me deixou cheia de saudade dos meus colegas de apartamento e de quarto, aí vão algumas fotos com esses lindos e maravilhosos que vão ficar pra sempre no meu coraçãaaaaao!

Charlotte, que também aturou nossa colega que deixava unhas à solta.
(Suíça, 2008)
Raquel, representando todos os brasileiros. (Suíça, 2010)
Cecilia, minha irmã argentina e parceira na cozinha. (Argentina, 2011)
Mulenga, minha irmã da Mamma África. (Quênia, 2012)
Primeiras colegas de apartamento do CsF.
Amigonas do Paquistão e de Bangladesh! (Inglaterra, 2013)
Minhas lindas e últimas colegas de apartamento na Roehampton.
Brasil, Noruega, EUA e Espanha. A-M-O essas meninas! (Inglaterra, 2013)

Bom, Acomodação é um assunto quase inesgotável! Fiquem à vontade pra mandar suas dúvidas pelo ask.fm ou pela página do blog no Facebook ;)

AAAAH! Ia esquecendo! Façam uma boa ação, por favor, e respondam a uma pesquisa que eu to fazendo pra universidade, pleeeease? É só clicar neste link!

Beijo e até a próxima!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Vídeo 12: o divã

Deve ser a falta de prática... publiquei o novo vídeo no Youtube e coloquei o link no blog, mas esqueci de postar por aqui também :P Lá vaaaaaaai!

quarta-feira, 19 de março de 2014

Comer o quê?

Oi, todo mundo!

Como postei recentemente lá na página do blog no Facebook, tem sido bem legal receber pelo ask.fm sugestões do que o pessoal gostaria de ler por aqui. Se você deixou alguma por lá, não se preocupe que é só questão de tempo até que sua pergunta vire um post ;) Teve uma que me conquistou em especial. Vou começar com o porquê: estou numa fase de paixão por reality shows gastronômicos. Já chego em casa pensando no que vou assistir - Guerra dos Cupcakes? Junior Masterchef? Cake Boss? Guerra dos Confeiteiros? Se você quer saber, o benefício de assistir se limita à diversão e às ideias, que infelizmente não passam para o estágio seguinte de concretização. No final de cada programa, eu tô morrendo de fome e desejando atacar alguma delícia. Minha silhueta não está gostando nada das minhas escolhas na televisão... mas fazer o que?

Bom, depois de tooooda essa introdução, vamos à pergunta:


- Como funcionava a alimentação no seu dia-a-dia?
Bom, diferente da minha rotina de agora, eu cozinhava todos os dias e todas as refeições lá em Londres - com raríssimas exceções. Eu comprava alimentos não perecíveis uma vez por mês ou mesmo a cada dois meses. Coisas como óleo e açúcar duravam muito, a não ser quando eu queria fazer algum bolo ou coisa assim. Sal... acho que usei 1kg durante o ano inteiro! Semanalmente ou uma vez a cada dez dias eu comprava leite, ovos, frutas, verduras/legumes, e carnes. O leite, os ovos e os vegetais eram pra consumo diário. Ah, pão de forma também! Carnes e peixes em comia duas ou três vezes na semana, dando bastante preferência a peixe porque é mais barato comparado ao preço da carne e porque, como aqui no Brasil minha família não come peixe regularmente, era minha chance de compensar! Nos lanches do meio do dia eu sempre comia frutas ou aqueles biscoitos integrais (tá me dando uma depressão aqui ver a vida saudável que eu deixei pra trás...). Kiwis e ameixas eram os lanches favoritos!

- Existem restaurantes universitários?
Sim, e eles são diferentes de acordo com a universidade. Algumas têm algo mais no estilo de refeitório - o que eu acho que seria mais parecido com o bandeijão, já que eles têm um preço fixo e aquele esquema de self-service ou prato feito. Na minha universidade não era assim. Havia pelo menos três restaurantes no campus: o da Students' Union, que oferecia coisas com fish and chips, saladas, macarrão; o do campus Southlands, que tinha um cardápio parecido, para self-service também; e uma pizzaria chamada Trattoria que, além de vender pizzas deliciosas e baratas, tinha outras opções mais parecidas com a dos outros restaurantes. Os preços deles não eram altos, pra falar a verdade. Essa pizza maravilhosa, por exemplo, custava menos de 4 libras, e você só come uma sozinha se estiver com um dinossauro na barriga. Além dos restaurantes, tinha também dois cafés, um Costa e um Starbucks. Eles vendiam o menu tradicional dessas redes e também sanduíches naturais, wraps, bolinhos, biscoitos e etc. Tinha também uma cantina na biblioteca, que vendia as coisas que os cafés tinham e uns salgados . Mas calma, gente. Nem se animem. Nada de coxinha :(

Comendo fish and chips no meu primeiro dia
da universidade. Que cara de meiga...

- Fale sobre café, almoço e jantar
Meu cardápio de café da manhã variava entre três opções - das quais eu nunca me cansava! Cereal com leite era pra quando eu tava com preguiça ou tinha que sair correndo. Quando não, eu preferia fazer porridge, que é algo como um mingau de aveia. Tem uma receitinha aqui. Eu colocava passas ou canela por cima e ficava perfeito! Além de gostosa, a porridge libera energia devagar (ou alguma coisa desse tipo...). Eu comia e ficava satisfeita até a hora do almoço, mesmo quando eu malhava de manhã! O pão de forma eu geralmente tostava na torradeira. Sempre duas fatias: uma com manteira, outra com manteiga de amendoim e geleia de frutas vermelhas. Já sei que tem gente torcendo o nariz - e eu também torci antes de provar. Mas gente... é muito bom! Depois que eu fui à Turquia, aderi um costume deles pro café da manhã: colocar mel sobre o pão com manteiga. Nhaaaaaaaaaaammmm.

Descobri que eu tenho MILHÕES de fotos de almoço e jantar,
mas nenhuma de café da manhã :( Mas minha porridge era igualzinha
a essa! hheheheeeee...

O almoço era geralmente arroz, bife, peito de frango ou salmão grelhado e salada de alface, tomate e queijo. De vez em quando saía algo diferente, como omelete, stuffed pancakes, macarrão à bolonhesa, e até um feijão! Eu comprava enlatado e temperava colocando louro e bacon. Lembro da alegria profunda que eu sentia quando comia feijão! Heheheh... Mais pro final da minha estada lá, fui desapegando cada vez mais de carne. Eu fazia um mix de vegetais e cogumelos usando batata, cenoura, rabanete, tomate e queijo. Lá eles vendem no supermercado várias opções de mix de folhas e legumes. Tinha um de brócolis com couve flor que era tudo na minha vida. Eu fervia, colocava azeite e orégano e estava feliz pelo resto do dia! Agora o salva-vidas mesmo era o bom e velho risoto. Com o arroz branco, eu picava todos os vegetais do universo, fritava um pouco de bacon em cubinhos, colocava queijo... e voilà. Felicidade em um prato! Não vou mentir: eu geralmente fazia isso quando meu arroz ficava grudado, já que pro risoto esse preconceito não existe.

Primeira comida que fiz lá em London *___*
Seeeempre salmão...

Apesar disso não ser nada recomendado, no jantar é que eu fazia massa com mais frequência. Ou, se eu não tivesse comido carne ou peixe no almoço ou nos dias anteriores, eu grelhava alguma coisa também. E se a preguiça tava muuuuuito doida, eu comia pão de forma nas minhas três variações (tô começando a me achar metódica...). Isso ou a boa e velha sopinha de caneca, principalmente quando tava frio. Me sentia numa propaganda de televisão quando estava toda enrolada na coberta enquanto tomava sopa vendo o vaporzinho subir pela caneca. Ai, que fina. Ah! Outra opção que eu usava muito tanto no almoço quando no jantar era wrap. Eles vendem a massa em supermercado, então eu só enchia de salada, colocava um pouco de maionese e queijo e tava pronto!

O wrap salva-vidas
Primeiro e único suflê da minha existência
Bom... já que o assunto é comida mesmo, vou deixar aqui uma receita (pra ninguém dizer que eu não deixei nenhum legado pra humanidade): minha stuffed pancake. Na verdade, é uma massa de panqueca meio que "recheada". Ela fica bem grossinha e é facílima de fazer. Vamos lá:

Essa também não fui eu que fiz!
Misture a massa primeiro:
1 ovo
1/2 caneca de farinha de trigo (xícara é para os fracos)
1/2 caneca de leite
Sal a gosto (não vai exagerar!)

Tá misturado? Sem bolinhas? Coloque o seguinte:
2 colheres de sopa de queijo ralado
1/2 cenoura média ralada
2 fatias de presunto picadas em quadradinhos
Orégano à vontade

Mexa sem muita brutalidade.

Coloque um fio de óleo ou um pouquinho de margarina em uma frigideira e espalhe com um papel toalha. Deixe a frigideira aquecer um pouquinho, e depois coloque cuidadosamente o conteúdo da sua mistureba, tentando fazê-la ficar linda e redondinha. Com uma espátula, vá soltando os lados assim que você perceber que ela tá criando uma casquinha. Devagaaaaaaaaar. Solte aos pouquinhos até chegar ao meio e ela estar "sambando" na frigideira. Se você for macho pra isso, dê aquela virada de chef, fazendo ela girar no ar. Se for medroso como eu, faz o seguinte (ai, é difícil de explicar): "despeje" a panqueca sobre um prato. Ela vai ficar com a parte crua para cima. Daí é só virá-la com tudo, beeeem rapidão, sobre a frigideira. Tô com a impressão que não fui muito clara, mas vai tentando aí que dá certo!


Então, minha gente... espero que vocês tenham gostado desse post guloso. Sinceramente, eu vou ali resolver uns assuntos na cozinha, porque falar de tudo isso me deixou meio laricada. Tô desejando porridge. Estão servidos? ;)

Ah, muuuito obrigada à pessoa que enviou a sugestão! Tô esperando a de vocês. Não se esqueçam de enviá-las pelo ask.fm ou pela página do blog no Facebook. Já curtiu, aliás?


Beijo, gente! Até mais!

quarta-feira, 12 de março de 2014

Glasgow, finalmente Glasgow

Oi, todo mundo!

Se dívida de post colocasse o nome no SPC ou no Serasa, o negócio tava feio pro meu lado. Mas como não coloca, vamos ao que interessa: fui pra Glasgow e tô aqui pra contar! Visitar a cidade foi parte da minha última viagem enquanto estava morando no Reino Unido. Fui primeiro para Edimburgo e de lá pra Glasgow, onde encontrei uma amiga húngara que conheci em Londres e agora tá fazendo faculdade lá. Claro que a recepção foi maravilhosa! Cheguei lá à noite e fiquei o dia seguinte inteiro.

Pra começar sendo bem sincera, lá vai a dica crucial caso você queira ir a essas duas cidades: nunca, mas nunca (a não ser que seja impraticável) visite Glasgow depois de ir a Edimburgo. E a razão é muito simples: Edimburgo é maravilhosamente linda. Natureza incrível ao redor, arquitetura linda, cidade fácil de andar. Quando saí de lá com todas essas impressões e o coração transbordando de amor por Edimburgo, ver Glasgow foi meio que um "hm... tem mais?".

Calma. Calma. Glasgow é bem legal e minha experiência lá foi ótima. Mas pra mim, não tem nem como compará-la com Edimburgo. O que elas oferecem são coisas diferentes. Glasgow tem uma noite mais animada, mais shows e festivais. Eu diria que o forte de Glasgow é o que ela oferece, quando que o de Edimburgo é o que a cidade é.

Feita minha introdução, vamos ao passeio:

O dia começou chuvoso, e o frio tava de. las. car. Minha amiga e eu fomos caminhando até o Riverside Museum, Ele tem esse nome porque... adivinhem! Fica na beira do rio. Heheh. De fora ele já impressiona, mas de dentro, é incrível! Ele é um museu dedicado à história do transporte. E acreditem: ele é muito mais legal do que o nome faz parecer. O Riverside já ganhou vários prêmios como museu, e uma vez que você o visita, entende o porquê. Além das exposições incríveis, ele é super interativo! Tem recriações de ruas e vizinhanças inteiros. E como a maioria dos excelentes museus do Reino Unido... a entrada é franca. Sério. Isso nunca vai parar de me impressionar.

Isso aqui é DENTRO do museu. Sem mais.
Lídia aproveitando a interatividade do Riverside 
Comprei e trouxe na mala

Do lado de fora do Riverside, fica um navio fora de atividade que também é parte do museu. Me senti toda marinheira!

Tragam-me um Jack. Mas igual ao do filme. Mas sem morrer.
Cabine do cocô. Yuuuck! 
Barris... de rum?

Também fora do Riverside, outra coisa chamou a minha atenção e de minha amiga Lídia. No início, a gente tava meio que fingindo que tava só admirando. Mas logo ficou óbvio que a gente queria mesmo era participar. Gente, era um parquinho de diversõooooooes! Também gratuito, o que torna tudo mais feliz. Todos os brinquedos eram de criança, mas um deles escapava: um carrosseeeelll! Minha gente, dava vontade de bater nas pessoas de tão educadas que elas eram. Não tinha ninguém monitorando nada. Quando o carrossel parava de girar, as crianças educadamente saíam para outras entrarem. Igualzinho à quando tem coisa de graça aqui, né? Aaaai, foi uma delícia!


Depois do nosso momento criança, continuamos andando pela cidade. Nos perdemos umas 538 vezes até vermos um prédio escandalosamente lindo: era o Kelvingrove Art Gallery and Museum. De armaduras medievais a esculturas de animais em tamanho real e pinturas de Rembrandt, ele tem absolutamente tudo! Já falei que é de graça?

Meio creepy, não?
Não disse que tinha tudo? ;)

Gostaria de abrir um parêntesis e avisar que tô desempregada. Por isso quando eu olho pra trás e penso nas tantas coisas de graça que eu tive, o coração chega a bater mais forte. Obrigada, fecha parêntesis.

Andamos mais um monte, nos perdemos mais um moooooonte e resolvemos ir à caça da Lighthouse - o lugar preferido da minha amiga. Ele é um centro de arte e design, que possui acesso a uma torre da qual dá pra ver a cidade. Depois de uma escadaria enoooorme de caracol, o centro de Glasgow aparece todinho diante dos olhos. A andança valeu a pena!

Não vou nem me desculpar pela foto. Tava frio demais pra ficar
com a mão fora da luva por muito tempo... 
A escadaria. Tem vertigem? Fica lá embaixo.

Já estava entardecendo e a gente ainda não tinha almoçado. E apesar de estarmos na Escócia, o que bateu forte foi uma vontade de comer... burritos! Cara, quando eu for ao México, eu vou dedicar a minha viagem à degustação diária dessas iguarias divinas. Não me canso de amar burritos, tortillas, enchilladas, fajitas e afins.

Felicidade com direito a guacamole!
Com a barriga devidamente cheia, fomos andando pelo centro. Não estava tão tarde assim, mas como era inverno e Glasgow fica bem ao norte, às 16h a claridade (não vamos nem falar de sol...) já havia se despedido há muito tempo. A cidade tava uma fofura com a iluminação, principalmente porque o Natal estava chegando! Aproveitamos pra visitar um mercado natalino, comer gordices e tomar um vinho quente. Delíiiicia...


Fomos para casa porque a andança de um dia inteiro tinha nos deixado mortas! Comemos um macarrão delícia que a Lídia fez. O dia chegou ao fim e eu já tinha que me despedir de minha amiga e da Escócia. Por volta das 22h, peguei meu busão de volta pra Londres amada. Na semana seguinte, eu estava entrevadérrima de andar tanto e depois ficar tanto tempo sentada.

Mas valeu demais! É isso, gente... Minha introdução pode ter sido um pouco desencorajante, mas pra que não restem dúvidas: vale a pena conhecer Glasgow sim! Mas repito: se você não for pela badalação (da qual eu passei looooonge, porque não é a minha praia), sugiro ir pra Edimburgo depois e passar mais tempo lá. Não esquece a dica.

Espero que tenham gostado!

Um abração pra todo mundo e até a próxima \o/