quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Onde os homens usam saias

...mas pelo amor de Deus, não conta isso pra eles! Porque eles juram que aquele paninho xadrez ao redor da cintura não é uma saia, e sim um kilt. Não tem jeito. Nada vai me convencer que um tipo de roupa que não tem divisão entre as pernas não é uma saia. Alguém por favor diga a esse broto que ele ficaria bem melhor de calça!


Mas a tradição não está em questão neste post, o importante é que finalmente, no meu décimo segundo mês, eu visitei a Escócia! Vim pro Reino Unido com um objetivo claro: visitar todos os países da Grã-Bretanha e das Irlandas. E agora sim, mission accomplished! Eu temo que ninguém mais acredite em mim quando eu digo que amei isso e aquilo, que um lugar é maravilhoso e tal. Eu sei que eu tendo a ser bem otimista e entusiasmada com minhas andanças, e sei que nem todo mundo vê com a mesma paixão que eu. Mas gente, que lugar lindo!!! Juro que é!

Escócia é um dos países cujo interior eu gostaria muito de conhecer. As cidadezinhas, os castelos escondidos... deve ser tudo maravilhoso! Mas como o tempo e o dinheiro não estavam tanto ao meu favor, me limitei a ir às duas maiores cidades: Edimburgo, a capital, e Glasgow. Pra economizar o máximo possível e otimizar meu tempo, resolvi ir de ônibus. Saí na quinta à noite e cheguei na sexta de manhã. Na volta, saí sábado e cheguei domingo. Depois dessas 16 horas (8 por trecho) com o traseiro colado no assento, a única coisa que posso dizer é que meu bumbum (mãe, pode falar bumbum no blog?) nunca mais será o mesmo. Neste post vou contar sobre a visita a Edimburgo, e depois volto pra falar de Glasgow!

Bem, a viagem da ida foi meio conturbada. A saída atrasou em uns 45 minutos porque tinha passado uma tempestade tensa na Escócia. Um broto lindérrimo sentou do meu lado, mas o nariz entupido dele não me deixou dormir por horas! kkkkk... Juro que pensei em oferecer meu anti-alérgico, mas deixei o bom-senso falar mais alto. Além disso, o motorista fez o favor de ligar o ar condicionado. Quem, QUEM liga ar condicionado numa noite de temperatura praticamente negativa? Quase coloquei todas as roupas que estavam dentro da minha mochila e ainda assim tava tremendo de frio.

Chegamos em Edimburgo por volta das 8 da manhã. Olhei pela janela e pensei que tivesse alguma coisa errada com o relógio, porque o céu estava absolutamente escuro, como se fosse plena madrugada. Mas era isso mesmo... É que lá o sol não tem dado o ar de sua graça antes das 8, já que é inverno. Mas tudo bem, foi exatamente o tempo que eu precisava pra colocar mais mil camadas de roupa, pegar um mapinha de graça e traçar meu roteiro, enquanto tomava um café da manhã de duas libras no Subway. Quando saí do shoppingzinho que ficava do lado da estação, o dia já estava claro, e o céu... AZUL! Gente, que alegria.

Não precisei dar muitos passos pra me apaixonar. Edimburgo é famosa por preservar as estruturas medievais de ruas e prédios. Pronto, só essa informação já faz meu coração derreter! Sou louca pela era medieval, e além disso eu estava terminando de ler um livro cuja história se passa nessa época, e em cada rua eu imaginava os personagens de The Sanctuary Sparrow - que aliás eu acabei de ler, e amei!

Como só levei uma mochila e sabia que ia andar bastante, preferi não levar a câmera. Seria melhor tirar as fotos do celular mesmo. Mas além da animação de ver um lugar tão encantador, eu tava com tanto frio que tirar a luva pra bater uma foto seria correr o risco de perder dedos. Acabou que não fiquei com tantas imagens da cidade, mas aí estão algumas pra vocês!


OK. Percebi que eu gosto mais de sombras de prédios do que dos prédios em si :D
Haja foto contra a luz!

Eu confesso que não tinha pesquisado absolutamente nada sobre a geografia de Edimburgo, e não sabia que, além das construções lindas, a cidade é muito favorecida pela natureza. Percebi isso ao chegar em Calton Hill, um parque/mirante incrível que ainda por cima tem uma Acrópole! Sério, eu tava muito apaixonada, porque também sou louca por história e arquitetura da Grécia clássica. Mas você acha que parou por aí? Nãaaaaaooooo... de lá tem vista para o mar e para um conjunto de colinas encantadoramente lindo - e eu já falei da minha paixão por montanhas e afins? [Momento de reflexão: eu amo muitas coisas diferentes ao mesmo tempo e com a mesma intensidade. Como lidar?]. Mas vejam se vocês não concordam comigo quando eu digo que era tudo maravilhoso...


Quando desci de Calton Hill pra continuar andando pela cidade, fui chegando mais perto de Arthur's Seat, o pico das colinas, e percebi que era possível subir até lá. E quando a gente ama a gente nem sempre pensa direito, né? Esqueci do frio, da mochila nas costas e do fato de que eu praticamente não tinha dormido na noite anterior e passado oito horas em um ônibus e comecei a subir. E obviamente, lembrei de todas essas coisas de novo assim que a respiração começou a ficar ofegante e eu vi que era mais alto do que parecia. É verdade que a gorducha aqui precisou para umas trezentas e doze vezes até chegar lá em cima. Mas eu cheguei. E valeu a pena!


Desci contrariando o ditado de que quando é pra baixo "todo santo ajuda". Consegui praticamente me perder - o que é um feito admirável quando se trata de um monte, já que o único caminho é sempre pra baixo. Enfim... quando finalmente desci, andei até casa onde vovó Beth fica quando vai para a Escócia, vi o Parlamento e visitei um pequeno museu chamado The People's Story Museum (na verdade, eu precisava era encontrar um banheiro de graça, mas acabou sendo uma visita super legal!). E falando em people, aqui vai um comentário bem pertinente: os Escoceses são muito fofos e amigáveis! Eu já tinha ouvido falar sobre isso, mas os tiozinhos do museu e as pessoas que me atenderam nos lugares onde fui confirmaram o boato. Que gente legal!

Casa de vó é sempre um aconchego, né, gente?
A essa altura eu já estava verde-amarela-azul-e-branca de fome, e resolvi que comeria algo bem local. Passei pela entrada de vários pubs olhando os menus, e vi que praticamente todos eles tinham em comum um tal de Haggis, neeps and tatties. Não sabia o que era, mas certamente era Escocês. Entrei no lugar mais quentinho e vazio que encontrei, fiz meu pedido e me surpreendi ao encontrar com um negócio que parecia um pudim salgado. Por alguns segundos pensei que aquilo era só a entrada e depois viria mais. Engano!

Tudo o que eu sabia é que tinha um molho de uísque, purê e algum tipo de carne e que estava delicioso, mas para a tristeza da minha consciência, o Google acabou de me informar que, nessa receita, neeps and tatties são purês de batata e nabo. Até aí tudo bem. Mas ele também me disse que haggis é um moído de coração, fígado, estômado e pulmão de ovelha, conservados em uma mistura de cebola, aveia, sebo e temperos. Oscilei aqui por alguns segundos entre sentir nojo dessa gororoba e rir de mim mesma. Tem coisas que é melhor a gente não saber, né? Mas que diria que tinha praticamente uma ovelha processada num negócio tão bonitinho desses...?


Depois de andar mais pela cidade e ver mais coisas lindas, à noite fui conhecer o Christmas Market de Edimburgo. Quanta coisa linda! E ainda por cima começou a nevar! Genteeeeee *____* Deus me ama demais, porque mais um dia de Sol e neve na minha vida em menos de duas semanas é muita felicidade!
Logo era hora de pegar o ônibus pra Glasgow... mas essa é uma história pra depois! Edimburgo definitivamente entrou pra lista das minhas cidades preferidas. Gostaria muito de ter tido mais tempo lá, mas vi tudo que eu pude ver e andei tudo que eu pude andar do alto do monte até as ruazinhas escondidas. E a visita está mais que recomendada!

Então passo aqui depois pra contar sobre Glasgow :) Por hoje é só! Ah! Mais uma coisinha: hoje, 11/12, Londres passou o dia inteiro coberta de névoa. Foi lin-do! Quem quiser ver fotos, tem neste link aqui.

Um beijo e até a próxima!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Terra de Kate

[Quero, antes de tudo, registrar minha indignação de nooooovo. O blogger continua reduzindo a resolução e a o brilho/contraste das minhas fotos :( mimimimimi....]

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Oi, todo mundo!

Nossa, duas semanas depois, eu finalmente vou conseguir falar da ida a Cambridge. Foi na penúltima semana de Novembro, na mesma época que conheci Oxford. Estava pensando que uma das coisas que eu mudaria se pudesse recomeçar essa experiência seria visitar mais cidades dentro da Inglaterra. Vou voltar pro Brasil sem ter conhecido Liverpool, Manchester, Yorkshire, Leeds, Bristol, Nottingham, Cornwell... a lista é gigante. E apesar de que teria sido ótimo poder visitar essas também, não me arrependo de ter viajado a outros lugares quando tive a oportunidade. Até porque eu vou morar na Inglaterra mesmo, então todas essas serão parte do meu quintal um dia! (Eu ouvi um "amém"?)

Enfim, 22 de novembro foi dia de ver Cambridge! E seria especial não só por conhecer a cidade em si, mas também por rever Luciana, uma amiga de longa data. Estudamos juntas no Ensino Médio, entramos na faculdade no mesmo ano, no mesmo curso e na mesma turma, e viemos pro UK juntas pelo Ciência sem Fronteiras. A diferença é que Lu foi estudar na Anglia Ruskin, que fica em Cambridge. E apesar dela já ter vindo aqui me visitar, eu estava devendo o "troco" há meses! Antes tarde do que nunca, né?

Fui pra Cambridge de trem. A viagem durou pouco mais de uma hora. Só o suficiente pra dar um cochilo - porque dormir tem sido um luxo raro nesse último mês, e qualquer oportunidade é de ouro! Cheguei lá por volta das 9 da manhã, e só ia encontrar Lu perto da hora do almoço. Ao contrário de Oxford, dessa vez não deu tempo de planejar o que eu veria. Então saí da estação e fui andando pra onde o vento (ou qualquer placa que apontasse até o centro) me levasse. Vi várias coisas fofas no caminho. E nem esperem que eu lembre os nomes. Essa é uma desculpa pra vocês irem conferir com os próprios olhos!

Amei essa porta <3 e juro que não sei porquê...
Depois da primeira parte da andança, encontrei um shopping e entrei porque:
1) tava um frio imoral
2) queria tentar ir no banheiro de graça
Acabou que o banheiro era pago, então minha bexiga me falou que tava na paz, ela podia esperar. Em compensação, achei um stand com mapas gratuitos da cidade! Eba! Resolvi caminhar mais um pouco em busca do meu banheiro. Acabei entrando no Starbucks. O café de lá é sempre horroroso, mas o combo banheiro de graça + aquecedor + poltroninha +wifi era tudo que eu precisava pra me situar. Tomei meu café rápida como umas lesma d'água enquanto ia planejando por onde eu queria passar. Acabou combinando certinho com o horário de ver Lu, e o ponto de encontro tinha um nome bem peculiar:


Andamos muito, tudo o que podia ser andado naquela cidade. Tão pequena, mas tão fofa e organizada. Assim como Oxford, Cambridge gira em torno dos colleges. Lu até falou que lá estudantes não podem ter carro. E realmente faz sentido, porque com o tamanho da cidade, se cada um quisesse andar por aí de quatro rodas seria um caos. Então, bicicletas e mais bicicletas! O dia estava lindo, fez sol em vários momentos. E eu apentelhei minha pobre amiga pra pararmos a cada dois segundos pra eu fotografar - claro.
Charles Darwin quando novo e eu pedindo uma chance. Merecia, né?
Apesar de estar adorando ver todos os cantinhos da cidade, o mais incrível mesmo foi encontrar em Lu o mesmo sentimento que eu tenho agora. A dorzinha ao pensar em partir, como nossas perspectivas mudaram, como o mundo parece maior, e ao mesmo tempo mais alcançável do que antes. Compartilhamos expectativas e angústias em relação à universidade, e chegamos à conclusão que seremos aquelas chatas que sempre dirão "poxa, mas lá no Reino Unido...". Estamos prontas para sermos odiadas! :D

Bom, mas vamos para um pouco de Geografia. Como vocês sabem este reino de onde vos falo tem subdivisões que variam em relação aos países que o compoem. Aqui na Inglaterra, dentro de suas nove regiões, a menor unidade é borough (que muuuito precariamente pode ser traduzida pra bairro) e a maior é county (condado), e nesse bolo entram também os duchies (ducados). Tudo isso pra dizer que Cambridge é um deles, e sua duquesa... calma gente, não sou eu... é alguém um pouco menos importante, a Kate Middleton. Se bem que...


Isso sim seria cara de realeza! Vou te contar, hein? E pra aproveitar o embalo chique, Lu e eu tomamos um chá bem inglês às 5 da tarde. Finérrimas!


Como minha passagem tava marcada pra bem tarde, fui até a casa dela e lá terminamos de colocar a conversa em dia. Tão bom ver alguém que veio do mesmo lugar que eu estar tão adaptada como eu! Acho que nosso próximo encontro já será lá em Natal, mas muito bom ter uma amiga que vai sempre entender quando eu tiver um ataque de saudade!

E acho que é isso, gente! Tem muita coisa pra colocar em dia aqui, mas aos pouquinhos eu chego lá.
Um beijo pra vocês e até o próximo post!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ao norte, ao norte!

[Quero, antes de tudo, registrar minha indignação. Não sei porquê, mas o blogger tá reduzindo a resolução e a o brilho/contraste das minhas fotos neste post :( mimimimimi.... Eu juro que elas estão bonitas no formato real!]


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Oi, todo mundo! Nossa, to super devendo o post de Cambridge, que tava prometido pra terça-feira da semana passada. Acontece que nesse dia recebi uma notícia bem ruim, que me deixou pra baixo a semana inteira. Deus sabe de todas as coisas e está tratando de curar a tristeza, mas que foi difícil, foi. De qualquer modo, a vida anda! Mas a post de Cambridge vai ter que esperar um pouquinho mais... isso porque eu acabei de chegar da Noruega! E quero contar a história fresquinha pra vocês.

Lá pro final de Julho, eu estava comentando com uma amiga da minha expectativa de passar a época natalina na Europa pela primeira vez. A gente sempre vê nos filmes aqueles Natais com neve e frio, pessoas ao redor da lareira e soltando fumacinha enquanto falam. E vamos ser bem honestos: de maneira geral, nossas decorações de Natal sempre tentar recriam um mundo que não c8rrespomde à nossa realidade no Brasil (principalmente em se tratando de verão!). Usamos pinheiros, aqueles globos com floquinhos brancos dentro e colocamos o pobre do Papai Noel empacotado numa roupa vermelha pesadíssima. Se ele realmente existisse, nem o fato de minha cidade se chamar Natal seria suficiente pra fazer com que ele desse as caras por lá vestido daquele jeito. Tanto ele quanto as renas iam derreter rapidinho...

Foi aí que minha amiga me sugeriu uma programação mais natalina impossível: viajarmos para um lugar onde houvesse um Christmas Market (mercado de Natal). Apesar dos melhores estarem na Alemanha, sem dúvida, nós tínhamos outro requisito: que fosse um país que nenhuma de nós tivesse visitado ainda. Foi bem difícil, sinceramente, porque nos lugares que eu ainda não fui, ela já foi, e vice-versa. Ah, e tinha que ser barato também. o dinheiro que eu estava guardando pra ocasião foi praticamente todo embora no meu "incidente" na Irlanda (já leu?). Pesquisando preços e locais pra lá e pra cá, acabamos indo para em Oslo, capital da Noruega. Sabíamos que o mercado lá não era dos maiores, mas a empolgação de conhecer um lugar novo e viajarmos juntas ficou em primeiro lugar facinho! Então marcamos a data: 30/11 e 01/12. Daríamos as boas-vindas a Dezembro em outro país! Que privilégio!

Nos encontramos por volta das 5 da manhã na Baker Street, de onde pegaríamos o ónibus pro aeroporto. Obviamente, eu não havia dormido. A não ser que você considere 1h30 de cochilo uma noite de sono. Nosso voo estava marcado para as 8h30, pela Ryanair. Saímos na hora certíssima, com a super sorte do avião estar praticamente vazio, e eu apaguei no meu assento desde instante da decolagem.

Depois de um desembarque super tranquilo, fomos pegar o busão que nos levaria até a cidade. Ali mesmo já vimos o primeiro ponto turístico: o guardinha que dava informação na frente do aeroporto. Sinceramente, me dá até raiva como esse pessoal da Escandinávia pode ser maravilhoso tão ordinariamente. Pedimos que ele nos informasse onde ficava o ônibus, mas a informação que eu realmente queria era CRIATURA, DE QUE PLANETA VOCÊ SAIU? ME DÁ UM AUTÓGRAFO, UMA FOTO, SEU TELEFONE, QUALQUER COISA! Mas enfim. Me contive. Sou uma mocinha.

Chegamos no centro perto de 13h e fomos andando até o nosso hotel. Da caminhada, já deu pra perceber duas coisas : o quanto a cidade era fofa e fácil de se andar, e que Janice era das minhas: dava uma olhadinha básica no mapa e sabia que uma hora ou outros ia chegar lá. Nada de ônibus, nada de taxi. Dá pra entender que, quando se tem pouco tempo e a cidade é grande, ou você tem que percorrer longas distâncias, transporte público seja uma mão na roda. mas fora isso, sempre prefiro gastar os pés em vez do dinheiro da passagem.

E depois da chegada o hotel (que era uma fofura, aliás) essa opção B foi bem necessária. considerando nosso pouco tempo em Oslo, decidimos conhecer um museu apenas, e que tinha sido bastante recomendado por amigos meus e delas: o Viking Ship museum (museu de embarcação viking). Ele ia fechar em pouquinho tempo, e ficavam beeeeeeem longe do centro. Uma pena que o ferry não funciona no inverno, porque teria sido muito bom mesmo atravessar para o outro lado da cidade pelo mar. Chegamos a ir no porto, mas lá descobrimos que não estava funcionando. Pelo menos aproveitamos pra dar uma olhadinha no salão onde se entrega o prêmio Nobel da paz.

Tivemos que pegar um busu mesmo. E como valeu a pena! Conhecemos bastante da história da Noruega pela perspectiva Viking, e os barcos e peças expostas eram super legais!


Apesar de não passar das 16h quando saímos de lá, já estava escuro como se fosse noite. Como a fome já estava atacando, seguimos para o mercado de Natal! Minha gente... que horror! Que horror ter que escolher uma só comida! Isso não se faz!Acabei me rendendo a um hambúrguer. Mas calma aí, a coisa não é tão simples quanto parece. A carne era de alce! Antes de dar a primeira dentada, me senti meio que culpada por comer um animal tão fofinho.
Não me olhe assiiiiiiimmm, seu delicioso!
Mas a culpa passou logo logo. Que delíciaaaaa! Nossa, a carne mais macia que eu já comi na minha vida. Acho que os animais que fornecem boas carnes deveriam ser feios, porque quando eles são bonitinhos a coisa fica muito difícil. Pela minha cara não parece, né?

Além do hambúrguer, teve doces e também Glühwein -  o vinho quente tradicionalíssimo de mercados natalinos, de origem alemã. É incrível como, além de delicioso, o Glühwein esquenta o corpo imediatamente. Num friozinho de cinco graus negativos, isso foi realmente muito apreciado.

Eu lembro que, assim que comprei as passagens, fiz mentalmente um pedido: que fizesse tempo bom e que nevasse. E não é que nevou? Não foi neve pra todo lado e nem o suficiente pra deixar o chão branquinho, mas tava lindo demais aproveitar aquele clima de Natal com a neve caindo. Ai *___* amo!


Andamos pra lá e pra cá milhões de vezes. O centro de Oslo é realmente pequeno, então com o tempo que tínhamos deu pra entrar em todas as ruazinhas lindas e iluminadas que encontramos pela frente!

Voltamos para o hotel depois de muita andança, e descansamos super bem! No meu estado de exaustão, dormi cinco segundos depois de fechar os olhos. Acordei cedo mas super disposta no outro dia, e tomei um café da manhã monstruosamente gigante. Só de pensar minhas banhas começam a crescer para todos os lados!

...a vergonha é admitir que os dois pratos eram meus,
e que eu repeti depois!
E assim que saímos do hotel, vi que meu segundo desejo tinha sido realizado. Gente, um sol lin-do. Absolutamente lindo! O céu estava impecavelmente azul! Perfeito pra conhecermos o palácio real e o parque Vigeland, que tem umas esculturas super bizarras!
Bem que tentei alertar Janice sobre a presença
do Lanterna Verde atrás de mim...
Essa estátua me representa!
Pouco antes do meio-dia, voltamos no hotel rapidinho pra pegarmos nossas coisas antes de continuarmos o passeio, pois apesar de nosso vôo só sair às 18, nosso aeroporto ficava a duas horas de distância, e a companhia aérea recomenda chegar 2 horas antes. Ou seja: tínhamos que deixar Oslo às 14h! Tristíssimo! Mas enfim... demos mais uma boa caminhada pelo centro, e nossa última parada foi a Ópera. Que prédio incrível, que vista linda! E ainda mais naquele dia de sol e céu azul. Um presentão de Deus!



No ônibus a caminho do aeroporto, meu único incômodo foi não conseguir encostar os pés no chão. 1,54m não é altura de gente na Noruega. Já faz parte da categoria de gnomos. Oh, well... fazer o que? Aproveitei a paisagem lindíssima, com vontade de ficar mais e ao mesmo tempo já com uma saudadezinha de Londres. Saber que está acabando me faz querer "agarrar na saia" desta cidade - uma escapadinha aqui e ali, e olhe lá!

E foi isso, minha gente. Noruega foi meu país número 25, e o lugar mais ao norte que eu já cheguei no mundo (o mais ao sul foi Ushuaia, na Argentina, que é literalmente a cidade mais ao Sul do planeta!). Tive um fim de semana lindo em Oslo, mas como é bom estar em casa novamente.

Ah! Antes de viajar, eu fiz o vídeo número 10! Se você ainda não viu é só seguir este link. Vou tentar voltar aqui ainda esta semana pra finalmente postar sobre Cambridge, que foi uma fofura também!

Beijo e boa semana pra vocês ;)