quarta-feira, 12 de março de 2014

Glasgow, finalmente Glasgow

Oi, todo mundo!

Se dívida de post colocasse o nome no SPC ou no Serasa, o negócio tava feio pro meu lado. Mas como não coloca, vamos ao que interessa: fui pra Glasgow e tô aqui pra contar! Visitar a cidade foi parte da minha última viagem enquanto estava morando no Reino Unido. Fui primeiro para Edimburgo e de lá pra Glasgow, onde encontrei uma amiga húngara que conheci em Londres e agora tá fazendo faculdade lá. Claro que a recepção foi maravilhosa! Cheguei lá à noite e fiquei o dia seguinte inteiro.

Pra começar sendo bem sincera, lá vai a dica crucial caso você queira ir a essas duas cidades: nunca, mas nunca (a não ser que seja impraticável) visite Glasgow depois de ir a Edimburgo. E a razão é muito simples: Edimburgo é maravilhosamente linda. Natureza incrível ao redor, arquitetura linda, cidade fácil de andar. Quando saí de lá com todas essas impressões e o coração transbordando de amor por Edimburgo, ver Glasgow foi meio que um "hm... tem mais?".

Calma. Calma. Glasgow é bem legal e minha experiência lá foi ótima. Mas pra mim, não tem nem como compará-la com Edimburgo. O que elas oferecem são coisas diferentes. Glasgow tem uma noite mais animada, mais shows e festivais. Eu diria que o forte de Glasgow é o que ela oferece, quando que o de Edimburgo é o que a cidade é.

Feita minha introdução, vamos ao passeio:

O dia começou chuvoso, e o frio tava de. las. car. Minha amiga e eu fomos caminhando até o Riverside Museum, Ele tem esse nome porque... adivinhem! Fica na beira do rio. Heheh. De fora ele já impressiona, mas de dentro, é incrível! Ele é um museu dedicado à história do transporte. E acreditem: ele é muito mais legal do que o nome faz parecer. O Riverside já ganhou vários prêmios como museu, e uma vez que você o visita, entende o porquê. Além das exposições incríveis, ele é super interativo! Tem recriações de ruas e vizinhanças inteiros. E como a maioria dos excelentes museus do Reino Unido... a entrada é franca. Sério. Isso nunca vai parar de me impressionar.

Isso aqui é DENTRO do museu. Sem mais.
Lídia aproveitando a interatividade do Riverside 
Comprei e trouxe na mala

Do lado de fora do Riverside, fica um navio fora de atividade que também é parte do museu. Me senti toda marinheira!

Tragam-me um Jack. Mas igual ao do filme. Mas sem morrer.
Cabine do cocô. Yuuuck! 
Barris... de rum?

Também fora do Riverside, outra coisa chamou a minha atenção e de minha amiga Lídia. No início, a gente tava meio que fingindo que tava só admirando. Mas logo ficou óbvio que a gente queria mesmo era participar. Gente, era um parquinho de diversõooooooes! Também gratuito, o que torna tudo mais feliz. Todos os brinquedos eram de criança, mas um deles escapava: um carrosseeeelll! Minha gente, dava vontade de bater nas pessoas de tão educadas que elas eram. Não tinha ninguém monitorando nada. Quando o carrossel parava de girar, as crianças educadamente saíam para outras entrarem. Igualzinho à quando tem coisa de graça aqui, né? Aaaai, foi uma delícia!


Depois do nosso momento criança, continuamos andando pela cidade. Nos perdemos umas 538 vezes até vermos um prédio escandalosamente lindo: era o Kelvingrove Art Gallery and Museum. De armaduras medievais a esculturas de animais em tamanho real e pinturas de Rembrandt, ele tem absolutamente tudo! Já falei que é de graça?

Meio creepy, não?
Não disse que tinha tudo? ;)

Gostaria de abrir um parêntesis e avisar que tô desempregada. Por isso quando eu olho pra trás e penso nas tantas coisas de graça que eu tive, o coração chega a bater mais forte. Obrigada, fecha parêntesis.

Andamos mais um monte, nos perdemos mais um moooooonte e resolvemos ir à caça da Lighthouse - o lugar preferido da minha amiga. Ele é um centro de arte e design, que possui acesso a uma torre da qual dá pra ver a cidade. Depois de uma escadaria enoooorme de caracol, o centro de Glasgow aparece todinho diante dos olhos. A andança valeu a pena!

Não vou nem me desculpar pela foto. Tava frio demais pra ficar
com a mão fora da luva por muito tempo... 
A escadaria. Tem vertigem? Fica lá embaixo.

Já estava entardecendo e a gente ainda não tinha almoçado. E apesar de estarmos na Escócia, o que bateu forte foi uma vontade de comer... burritos! Cara, quando eu for ao México, eu vou dedicar a minha viagem à degustação diária dessas iguarias divinas. Não me canso de amar burritos, tortillas, enchilladas, fajitas e afins.

Felicidade com direito a guacamole!
Com a barriga devidamente cheia, fomos andando pelo centro. Não estava tão tarde assim, mas como era inverno e Glasgow fica bem ao norte, às 16h a claridade (não vamos nem falar de sol...) já havia se despedido há muito tempo. A cidade tava uma fofura com a iluminação, principalmente porque o Natal estava chegando! Aproveitamos pra visitar um mercado natalino, comer gordices e tomar um vinho quente. Delíiiicia...


Fomos para casa porque a andança de um dia inteiro tinha nos deixado mortas! Comemos um macarrão delícia que a Lídia fez. O dia chegou ao fim e eu já tinha que me despedir de minha amiga e da Escócia. Por volta das 22h, peguei meu busão de volta pra Londres amada. Na semana seguinte, eu estava entrevadérrima de andar tanto e depois ficar tanto tempo sentada.

Mas valeu demais! É isso, gente... Minha introdução pode ter sido um pouco desencorajante, mas pra que não restem dúvidas: vale a pena conhecer Glasgow sim! Mas repito: se você não for pela badalação (da qual eu passei looooonge, porque não é a minha praia), sugiro ir pra Edimburgo depois e passar mais tempo lá. Não esquece a dica.

Espero que tenham gostado!

Um abração pra todo mundo e até a próxima \o/

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