Paris... e o "carma" da Torre

Salut, mes amis!

Sim, estou toda francesa esses dias! Minha família e eu chegamos em Paris na terça à noite, e curtimos ao máximo esses dois dias na capital da França. Eu já tinha vindo aqui em 2008, e foi muito bom mesmo rever Paris e lembrar de tantas recordações legais. Na época, viemos só eu e minha irmã. Eu tinha 17 anos! Meu Deus, como o tempo voou...

Hoje, cinco anos depois, tive o prazer de estar cinco vezes mais feliz - por ter os cinco Augustos reunidos. Com a vida tão corrida e diferente de cada um, a gente já tinha se conformado que não daria mais pra fazer uma viagem ao exterior todos juntos, como sonhávamos. Então estar aqui com minha família tem um significado todo especial!

Começamos o passeio na terça, ainda sem minha irmã, que só chegou à noite. Pela manhã fomos ao Palácio de Versailles. Um dos lugares que mais gosto por aqui, com certeza! Desde que vim pela primeira vez, não parei de pensar no quanto mamãe gostaria de estar lá um dia. E enfim chegou! O céu estava lindo, e tava fazendo até um calorzinho bom. Visitamos não só o castelo, mas os jardins de Maria Antonieta também. Minha parte preferida!

À tarde fomos visitar o Louvre. Eu já tinha passado por lá em 2008, mas nunca havia entrado. Que me perdoem os amantes e apreciadores de arte, mas eu não gosto tanto a ponto de passar horas e horas num museu :P Ainda assim, foi bem legal conhecer por dentro! E o melhor mesmo foram as palhaçadas de papai, tirando onda com as esculturas e dizendo que a Monalisa era uma foto 3.x4! Eu amo esse fofinho!

Hoje pegamos um daqueles ônibus abertos que rodam a cidade inteira e param em diversos pontos. Eu sinceramente gosto mais de pegar o transporte urbano e andar de bicicleta - isso me faz sentir a cidade! Mas considerando que só tínhamos um dia pra ver tudo e estávamos em família (ritmos diferentes...), o ônibus foi uma ótima escolha! Paramos em diversos lugares, com um destaque todo especial pra a Ponte das Artes.

Não sei exatamente quando surgiu essa tradição, mas a ponte acabou virando um símbolo do amor porque casais, amigos e famílias começaram a escrever seus nomes em cadeados e prendê-los à ponte. A segunda parte do ritual é jogar a chave no rio Sena. Desde que ouvi falar da ponte, fiquei morrendo de vontade de ir conhecer e "selar o amor" com minha família. E não é que hoje se tornou realidade? Foi liiiindo!

Uma das coisas que estou amando nessa viagem é poder estrear de fato minha câmera nova. Tiro foto de absolutamente tudo! E se antes eu já era uma chata com fotografia, acho que agora to meio insuportável. Revendo as fotos hoje, achei essa minha, brigando com meu irmão porque ele não tirou a foto do jeito que eu queria! kkkkkk...

Tudo isso pra dizer que... há cinco anos, quando eu e Mari estivemos aqui, estávamos caminhando pra chegar até a Torrei Eiffel. Em uma determinada rua, dava pra ver a pontinha da torre saindo por entre os prédios da cidade. Linda, linda! Tirei uma foto dela e pedi que ela tirasse a mesma de mim. E não deu certo. Muitas tentativas depois, acabamos discutindo. Me fala: QUEM discute em Paris? QUEEEEMMM? Nós, claro... O estresse foi tanto que, chegando na Torre, não quisemos nem ficar no mesmo andar. Ela ficou só no primeiro, eu só no segundo, e nenhuma das duas visitou o terceiro. Hoje em dia rimos horrores ao lembrar disso e pensar na nossa burrice em desperdiçar o momento. E aí eu achei que hoje seria a nossa redenção e que correria tudo perfeitamente bem na Eiffel, né? Ilusão...

Chegando lá, mamãe começou a ficar preocupada por não estarmos bem agasalhados. Realmente, apesar do sol, tava fazendo um friozão! Ela foi com Mari comprar casacos pra nós duas, enquanto eu, papai e Filipe ficamos na fila para os tickets. De repente, a fila começou a andar rápido, e quando Mari e mamãe chegaram, já não dava pra alcançarem a gente. Combinamos de comprarmos os tickets delas e entregar por fora da fila, pra que elas fossem direto pra entrada de quem já tem ticket. Segunda parte do combinado: nos reencontraríamos no primeiro andar. Ok. Maravilha, né? Não.

O elevador não para no primeiro andar. Ele vai direto pro segundo. Sem problemas. Ficamos lá - eu, papai e Fil - esperando elas chegarem. 15 minutos... e nada. 30 minutos... e nada. Circulamos pela plataforma umas mil vezes. Depois veio a brilhante ideia: e eu Fil iríamos ao primeiro andar encontrá-las e subir com elas. Descemos cerca de 350 degraus, e quando chegamos... nada! Subimos os 350 degraus, esbaforidos e ficando preocupados. Chegando, papai resolveu ir até o terceiro andar pra ver se por acaso elas não estavam lá. O novo combinado foi que eu e Fil ficaríamos esperando papai voltar com elas. Olha a gente aí explodindo de animação!

Mais 15 minutos... 30... talvez 45?... e Filipe tem a brilhante ideia de jogar no celular. Na mesma hora, chega uma mensagem de mamãe: estamos no terceiro andar! Meu celular estava sem rede até então, mas acabei achando uma conexão e consegui ligar pra ela. Mais um combinado: fizesse chuva ou sol, caíssem raios e trovões, eles três ficariam lá petrificados até nós chegarmos. Pegamos uma fila gigantérrima pro elevador até o terceiro andar. Chegando lá, a alegria foi tão enorme que a gente deu um abraço coletivo e fez um "Aêeeeeee" como se ninguém mais tivesse lá! 

Não sei se algum dia vou conseguir fazer uma visita normal à Torre Eiffel, mas essa com certeza vai ficar pra história. Muito divertida, no fim das contas ^^

Terminamos o dia na H&M. Mas vocês sabem que eu adooooro lojas, né? Tive que encontrar meios de me divertir enquanto mamãe e Mari olhavam as modas. Papai, Fil e eu ficamos jogando eu-falo-o-país-e-você-adivinha-qual-é-a-capital e eu experimentei uns looks diferentes.

Ah, gente, tá sendo muito legal! Até nas pequenas alegrias, como comer Kinder Ovo com meus irmãos...

...ou relembrar os tempos de infância, com minha irmã e eu vestidas no estilo "Par de Jarros" ;D

E por enquanto é só. Amanhã já partimos pra um outro destino! \o/

Terra do bolinho de bacalhau, estamos chegando!

Beijo pra vocês!